
Vigésimo Quinto Domingo, Ano A
19 de Setembro de 2020
Os mesmos sentimentos que havia em Cristo
24 de Setembro de 2020A ‘pastoral da inteligência’ tende a formar cristãos maduros, adultos na fé, esclarecidos, convencidos e também capazes de convencer os outros através do diálogo e do testemunho. Homens e mulheres que, ao darem a conhecer a sua fé, o fazem convictos de que realizam o ato mais digno e conforme à natureza humana.
FÉ E RAZÃO
Redescobrir a beleza e a alegria da fé é um caminho pessoal e comunitário que põe em jogo todo o nosso ser, o nosso coração, a nossa liberdade, a nossa razão.
Ao falar aos participantes no congresso da diocese de Roma (realizado em dois mil e seis), em reflexão sobre a alegria que provém da fé e a sua relação com a educação das novas gerações, o Papa Bento XVI disse aos educadores: «não hesiteis em promover uma verdadeira e própria ‘pastoral da inteligência’, e mais amplamente da pessoa, que tenha seriamente em consideração as interrogações dos jovens, quer as existenciais, quer as que surgem do confronto com as formas de racionalidade hoje difundidas para os ajudar a encontrar respostas cristãs válidas e inerentes, e finalmente fazer própria aquela resposta decisiva que é Cristo Senhor».
Somos convidados a implementar uma ‘pastoral da inteligência’ que tenha em conta estes dois grandes desafios: as interrogações existenciais; as interrogações que derivam do diálogo com as formas de racionalidade dominadas pelo agnosticismo e pelo relativismo, «que estimulam em direção contrária ao anúncio cristão e não podem deixar de ter uma incidência sobre aqueles que estão maturando as próprias orientações e opções de vida».
Além das coisas a fazer, da procura das melhores estratégias pastorais, importa iluminar a inteligência dos cristãos, de modo que lhes permita ler a realidade a partir dos critérios evangélicos, aprendam a acolher o sentido genuíno da revelação divina, e estejam em condições de superar, no espaço público, todo o complexo de inferioridade relativo à inteligência da fé.
O cristão está em permanente diálogo com os desafios próprios de cada época. Os rápidos progressos da ciência, às vezes divulgados como contrários às afirmações de fé, tornam confusa e mais difícil a aceitação da verdade cristã e a prática de uma vida digna do Evangelho de Jesus Cristo.
A ‘pastoral da inteligência’ tende a formar cristãos maduros, adultos na fé, esclarecidos, convencidos e também capazes de convencer os outros através do diálogo e do testemunho. Homens e mulheres que, ao darem a conhecer a sua fé, o fazem convictos de que realizam o ato mais digno e conforme à natureza humana.