Chegamos ao último domingo do ano litúrgico, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Ele é nosso companheiro de jornada, torna-se presente e visível no rosto do outro, a quem podemos amar e servir.
Aproxima-se o final do ano litúrgico, tempo propício para uma reflexão mais profunda sobre o nosso crescimento como discípulos de Jesus Cristo, sobre o que temos feito com os talentos que nos foram confiados por Deus.
Jesus Cristo, nosso único Mestre, volta a ser claro e conciso: ninguém é superior ao outro, todos somos irmãos, todos somos chamados ao serviço fraterno, todos juntos podemos caminhar em direção a um futuro mais humano.
A relação com Deus e a relação com os outros implicam-se mutuamente. O amor a Deus conduz ao amor ao próximo, como o amor aos outros também nos conduz a Deus. Desta fonte de amor são irrigados o coração, a alma e o nosso entendimento.
Cada um de nós é como uma moeda de ouro que contém gravada a imagem de Deus e a inscrição de que somos amados. Perante a tentação de nos deixarmos dominar por algo ou alguém, recordemos que apenas somos pertença de Deus.
O banquete é imagem da relação de Deus com os seres humanos. Todos somos convidados! Deus quer viver em festa connosco. Ele toma a iniciativa de convidar e espera a nossa resposta. Estamos prontos para participar na boda?
Deus ama-nos sempre; em contrapartida, nós nem sempre respondemos do mesmo modo. Ele cuida de nós com carinho, quer-nos sempre junto dele, sem pôr em causa a nossa liberdade e responsabilidade.
A adesão a Jesus Cristo faz-se com ações, mais do que com palavras. Porque pode haver uma contradição entre o dizer e o fazer, torna-se necessário afirmar a nossa fé com a prática de boas obras. Assim confirmamos a vontade do Pai.
Todos somos convocados. Ninguém fica de fora, porque Deus sai ao encontro de todos. É deste modo que Deus quer mudar o nosso coração, esvaziando-o do ciúme e da inveja, para o encher de generosidade e de amor.