Entre o suspiro de um ano que se despede e a promessa de um novo amanhecer, somos convidados a um silêncio reflexivo misturado com o desejo de traçar novos caminhos.
O suave entardecer destes dias, mesmo que não sejam férias em pleno, podem ser uma salutar ocasião para «saborear de modo novo» um de entre os 73 livros sagrados, numa leitura contínua que permite «aprofundar o nosso contacto com o Eterno, precisamente como finalidade do tempo livre que o Senhor nos concede».
Unidos aos jesuítas de todo o mundo, lembramos a fatídica batalha de Pamplona, a lesão e os sonhos desfeitos, a vulnerabilidade e os fracassos, as viagens e os longos dias de busca espiritual que transformaram a vida e guiaram Inácio de Loiola para o caminho de Deus.
Compartir e compartilhar é ter um só coração e uma só alma, é viver a alegria de pôr em comum como os irmãos. O pão, por exemplo, partido e compartido chega sempre para todos. Compartilhar o pão é tornar-se companheiro, é viver a alegria de condividir o mesmo alimento.
No quarto domingo de julho, em toda a Igreja Católica, celebra-se o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. Com a entrega de um presente, por exemplo uma flor, e da oração, «a visita é a oportunidade para cada neto dizer aos seus avós, e para cada jovem dizer à pessoa idosa que irá visitar: ‘Eu estou contigo todos os dias!’».
Andamos atarefados. Vivemos como se tudo dependesse de nós. Em tempo de verão, porventura de férias para alguns de nós, com o descanso físico, busquemos também a confiança, reconforto da alma, o descanso do coração, na presença de Deus.
Somos todos únicos. Cada um é a combinação única das múltiplas inteligências. Assim a raposa ensinou o principezinho a compreender a rosa como única. Ao ver de novo as outras rosas pôde-lhes dizer: «Vocês não são nada parecidas com a minha rosa. [...] São como era a minha raposa: apenas uma raposa semelhante a cem mil outras. Mas, agora que fiz dela minha amiga, ela é única no mundo».
Acolher as circunstâncias da vida com responsabilidade é, ao mesmo tempo, desenvolver a capacidade de «reconcilia-se com a própria história». Essa é uma das razões pelas quais Jesus Cristo veio «ao nosso meio»: «para que cada um se reconcilie com a carne da sua história, mesmo quando não a compreende totalmente».
Espiritual vem de Espírito (Santo). A espiritualidade é a sintonia do espírito humano com o Espírito Divino. Assim sendo, envolve todas as dimensões do ser humano, pois nele tudo pode e deve estar impregnado do Espírito Santo.