
A luz da eternidade
13 de Novembro de 2020
Encontro dominical
14 de Novembro de 2020LITURGIA FAMILIAR
O alerta deste domingo não é para nos meter medo ou afligir perante qualquer possível acontecimento inesperado e trágico. É para nos despertar à vigilância ativa e responsável dos ‘talentos’. Os que assim procedem não andam nas trevas e contam-se entre os ditosos «filhos da luz».
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: O ano litúrgico caminha para o fim, em direção à plenitude da vida, que só em Deus poderemos encontrar. Enquanto esperamos «o dia do Senhor», o nosso encontro definitivo com Deus, cabe-nos vigiar, estar atentos, sóbrios, diligentes, fazendo render todos os nossos ‘talentos’. Não nos deixemos iludir, quando disserem «paz e segurança», porque subitamente irrompe a pandemia do Covid-19, que deixa a descoberto todas as nossas falsas seguranças. Em qualquer caso, permitamos que a confiança em Deus sustente sempre a nossa vida.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
> Porque muitas vezes conservamos as mãos nos bolsos e não nos deixamos mover nem comover pela pobreza, da qual nos tornamos cúmplices: Senhor, misericórdia. TODOS: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
> Porque muitas vezes encolhemos as mãos, fazendo da indiferença o nosso alimento diário: Cristo, misericórdia. TODOS: Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
> Porque muitas vezes nos tornamos incapazes de compaixão ao ouvir os clamores alheios, nem nos interessamos por cuidar dos irmãos: Senhor, misericórdia. TODOS: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus [o texto completo pode ser lido pela Bíblia: capítulo 25, versículo 14 a 30]
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco. [...] Mas o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. [...] Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, [...] tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’. O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância [...]».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Não somos ‘donos’, nem fomos nós que decidimos entrar nesta dinâmica de vida. Somos uma espécie de ‘administradores’. A vigilância ativa há de ser a dinâmica que não nos deixa ancorados em medos ou adormecidos em falsas seguranças. Antes, caminhemos na luz, despertos e sóbrios, evoca a Primeira Carta aos Tessalonicenses.
O tesouro da vida não pode ficar improdutivo, fechado nos interesses particulares. A vida só tem sentido quando é compartilhada. O contrário conduz à falta de sentido. Vida e esterilidade são incompatíveis! Aqui pode estar a maior pobreza do ser humano. Somos chamados a viver juntos como ‘filhos da luz’, cada um com diferentes ‘talentos’, mas a todos se estende o mesmo convite: «Vem tomar parte na alegria do teu senhor». Como é que tu respondes ao chamamento de Deus?
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Em Dia Mundial dos Pobres, a nossa oração transforme a mão estendida num abraço de partilha e de fraternidade, dizendo: Ensina-nos a partilhar.
> Pela Igreja: aprenda a servir, a sair dos templos para acompanhar a vida, sustentar a esperança, lançar pontes, abater muros e semear a paz e a reconciliação, nós te pedimos: [TODOS:] Ensina-nos a partilhar.
> Pelos que governam: saibam escutar a sabedoria do povo e ler os sinais dos tempos, de modo a encontrar respostas novas e justas ao clamor dos pobres, nós te pedimos: [TODOS:] Ensina-nos a partilhar.
> Pelos que desafiam o contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação: sejam apoiados, reconhecidos e acompanhados, na luta pela vida das pessoas, nós te pedimos: [TODOS:] Ensina-nos a partilhar.
> Pela nossa família: em cada ação, o nosso objetivo seja apenas o teu amor, que se faz sorriso, partilha, dedicação e serviço, até chegar à amizade com os pobres, nós te pedimos: [TODOS:] Ensina-nos a partilhar.
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Ensina-nos a partilhar.
Como pobres, que tudo recebem de Deus, para doar aos irmãos, rezemos a oração que Jesus Cristo nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Estender a mão ao pobre leva a descobrir, que dentro de nós há a capacidade de realizar gestos simples que dão sentido à vida. Vencemos a indiferença! E se mais não tivermos para dar, um sorriso que partilhamos com o pobre é fonte de amor e permite viver na alegria.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Senhor, abres as mãos e sacias a nossa fome. Na partilha da nossa mesa, ensina-nos a abrir as mãos e a estender os braços aos que mais precisam; e a fazê-lo sempre por amor, com um sorriso, para que todos se sintam irmãos e irmãs, sob o abrigo da nossa Casa Comum. Ámen.