Sacramento da caridade
6 de Agosto de 2021Glorifica o Senhor
12 de Agosto de 2021LITURGIA FAMILIAR
Jesus Cristo revela-se, de novo, como «pão da vida [...], o pão vivo que desceu do Céu». Ele anuncia o dom da sua ‘carne’ para nos dar a vida eterna, para nossa salvação: «O pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Nesta 49.ª Semana Nacional das Migrações, o Papa Francisco deixa-nos o desafio a caminhar juntos «rumo a um nós cada vez maior». Até o lema olímpico foi ampliado com este advérbio de modo: «mais rápido, mais alto, mais forte - juntos». Empenhemo-nos em derrubar os muros que nos separam e em construir pontes de escuta e de diálogo, que favoreçam uma cultura do encontro, conscientes da profunda interligação que existe entre todos nós.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
Pelo azedume e pela cólera dos nossos corações: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
Pela maledicência e pela maldade dos nossos sentimentos: Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
Pela murmuração e pelas faltas de amor à eucaristia: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São João [capítulo 6, versículos 41 a 51]
Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito: «Eu sou o pão que desceu do Céu». E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José? Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do Céu’?». Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
O alimento eucarístico, «pão vivo que desceu do Céu», sustenta a vida pessoal e a vida da Igreja, que se faz presente em cada comunidade paroquial. «A Igreja vive da Eucaristia», afirmou João Paulo II, é «o seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história». Quem acredita em Jesus Cristo e dele se alimenta é habitado por Deus, está mergulhado na vida divina.
Jesus Cristo, na eucaristia, torna-se presente nas espécies do pão e do vinho. Sem deixar de estar sempre presente no pobre e no indigente, no desempregado e no estrangeiro, no doente e no recluso, no explorado e no sem abrigo, em todos os descartados deste mundo.
A eucaristia atualiza a entrega de Jesus Cristo «pela vida do mundo». Bento XVI, na Exortação Apostólica sobre a eucaristia fonte e ápice da vida e da missão da Igreja (número 88), implica-nos no testemunho da compaixão. Assim nasce «o serviço da caridade para com o próximo, que ‘consiste precisamente no facto de eu amar, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. […] Aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspetiva de Jesus Cristo’».
Quem acredita em Jesus Cristo e dele se alimenta é convidado a também «fazer-se ‘pão repartido’ para os outros e, consequentemente, a empenhar-se por um mundo mais justo e fraterno. […] A vocação de cada um de nós consiste em ser, unido a Jesus, pão repartido para a vida do mundo».
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Deus criou-nos para formarmos, juntos, um nós, que integra a diversidade de cada um. Confiemos-lhe estas preces, dizendo: Escuta a nossa oração!
Pela Igreja: seja cada vez mais católica, isto é, cada vez mais universal, mais inclusiva, capaz de abraçar a todos, na comunhão da diversidade e na harmonização das diferenças, nós te pedimos: [TODOS:] Escuta a nossa oração!
Pelos que governam: promovam um desenvolvimento mais equilibrado e inclusivo, que não faça distinção entre autóctones e estrangeiros, entre residentes e hóspedes, nós te pedimos: [TODOS:] Escuta a nossa oração!
Pelos homens e mulheres do mundo inteiro: cuidem juntos da Casa Comum, convictos de que todo o bem feito à Criação inteira é feito às gerações presentes e futuras, nós te pedimos: [TODOS:] Escuta a nossa oração!
Pela nossa família: sejamos capazes de sair ao encontro, para acolher, sem preconceitos e sem medo, os migrantes e refugiados, os deslocados e vítimas de tráfico humano, nós te pedimos: [TODOS:] Escuta a nossa oração!
[acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Escuta a nossa oração!
Atraídos pelo amor, rezamos com confiança: [TODOS:] Pai nosso
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Caminhemos «rumo a um nós cada vez maior». Há quem caminhe na caridade, a exemplo de Jesus Cristo. São todos aqueles que se levantam do sofá da sua comodidade e saem pelas estradas do mundo, em direção às periferias existenciais, dos sós, dos frágeis, dos excluídos.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Senhor, és o Pão vivo descido do céu. Abençoa na paz esta família. Elimina do meio de nós tudo o que é azedume, irritação, violência ou palavras de murmuração. Os dons que vamos saborear nos fortaleçam, a fim de caminharmos todos juntos para um «nós» cada vez maior, onde ninguém seja excluído da mesa da Criação. Ámen.