
Apontar a eternidade
7 de Janeiro de 2020
Acolher a todos
10 de Janeiro de 2020BATISMO DO SENHOR, ANO A
No domingo em que se celebra o Batismo de Jesus, a Escritura ‘desenha’ o retrato do Salvador. Reconhecemo-lo nos traços do ‘servo’ anunciado pelo profeta, em nome de Deus: «sobre ele fiz repousar o meu espírito». Ele, o Servo e Salvador, é, pela boca de Pedro, apresentado como «o Senhor de todos». Confirma que «Deus não faz aceção de pessoas».
Há também a referência ao batismo no rio Jordão, pelo qual se revela a identidade de Filho de Deus atestada pela voz vinda dos céus e pela presença do Espírito Santo: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência».
Verdadeira revelação trinitária, o Batismo inaugura a vida pública de Jesus Cristo, o tempo da missão. Esta há de confirmar a oração do salmista: «O Senhor abençoará o seu povo na paz».
A missão de Jesus Cristo torna-se ‘pública’ depois de emergir das águas do rio Jordão. Embora não precisasse de conversão, quis manifestar, com este gesto, que estava profundamente unido ao seu povo.
Desde este primeiro encontro mostra a solidariedade que, durante toda a vida, terá com os mais débeis, os pecadores, os marginalizados da sociedade, todos os que, de uma maneira ou de outra, são injustiçados e oprimidos.
A partir dos mais frágeis, confirma que «Deus não faz aceção de pessoas». A todos acolhe com amor incondicional. Mesmo os incómodos e inoportunos, perseguidores e inimigos! A atitude divina estende-se a todos os crentes: não fazer aceção de pessoas.