
Protagonistas do futuro
4 de Fevereiro de 2020
O ‘poder’ da fragilidade
7 de Fevereiro de 2020QUINTO DOMINGO, ANO A
Somos convidados a acolher e a partilhar com o outro, seja quem for e sem qualquer hesitação. Exigências concretas! A voz profética di-lo sem rodeios: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante». Não voltes as costas! Ao outro que vem de fora, de outro país, sem ignorar o outro que está próximo, ao teu lado, em casa, na rua.
Acolher é ser «misericordioso, compassivo». Assim se manifesta o «poder de Deus» a agir em nós, ainda que nos apresentemos «cheio de fraqueza». Com este procedimento ativo, homens e mulheres acolhedores, os discípulos tornam-se semelhantes ao Mestre: «sal da terra» e «luz do mundo», presença de Deus junto dos outros, seus irmãos.
A fragilidade aproxima, é o que mais une as pessoas. Nascemos vulneráveis, expostos à fragilidade.
Apresentar-se diante dos outros «cheio de fraqueza» é um ato tremendamente poderoso. Aproxima, gera empatia e acolhimento, transforma o estado de espírito, abre à esperança, renova a vida.
As nossas relações dependem do modo como decidimos tratar a vulnerabilidade dos outros. Temos sempre duas opções: aproveitarmo-nos da fragilidade do outro, ou cuidar dela com compaixão e misericórdia. Distraídos, preferimos evitar os corações feridos. Atentos, dispostos a ser sal e luz à maneira do Mestre, agarramos a primeira oportunidade para pôr em prática as obras de misericórdia.