
O serviço da beleza
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Uma ‘nova família’
14 de Julho de 2020LITURGIA FAMILIAR
O Décimo Quinto Domingo (Ano A) inaugura a primeira das sete parábolas recolhidas no capítulo treze do evangelho segundo Mateus: nos próximos dois domingos são propostas três de cada vez. Nelas, Jesus Cristo dá a conhecer as características do reino dos Céus, o projeto divino para nós e para o mundo.
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Este tempo permite-nos saborear a beleza e a riqueza da Criação. À beira-mar ou no alto da montanha, os Céus e a Terra proclamam a glória de Deus. Somos desafiados a abrir o livro da natureza, com as mãos de um jardineiro e o coração de um poeta. A natureza está cheia de palavras de amor. Abramos os olhos do coração à grandeza e beleza do amor: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ámen.PEDIMOS PERDÃO
Procuremos, desde já, desimpedir do terreno do nosso coração tudo o que impeça de deixar frutificar a boa semente da palavra de Deus.
> Pela tua palavra, que nem sequer ouvimos, compreendemos e pomos em prática: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
> Pela profundidade que não temos, no ouvido desafinado do nosso coração: Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
> Pelos cuidados e ruídos deste mundo, que sufocam a palavra da tua graça: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus [aqui está um resumo; o texto completo pode ser lido pela Bíblia, no evangelho segundo Mateus, capítulo 13, versículos 1 a 23]
Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar. Reuniu-se à sua volta tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava na margem. Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos: «Saiu o semeador a semear. Quando semeava, caíram algumas sementes ao longo do caminho: vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra, e logo nasceram, porque a terra era pouco profunda; mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram, por não terem raiz. Outras caíram entre espinhos e os espinhos cresceram e afogaram-nas. Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta por um [...]. Escutai, então, o que significa a parábola do semeador: Quando um homem ouve a palavra do reino e não a compreende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente ao longo do caminho. Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe de momento com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, porque é inconstante, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbe logo. Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra, que assim não dá fruto. E aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta por um».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Quais são os obstáculos que, em ti, impedem a palavra de Deus de produzir abundantes frutos? Muitas considerações podemos fazer com a explicação que é dada pelo próprio Mestre: pensar na superficialidade como acolhemos a palavra ou dar graças pelos pequenos frutos que realiza na nossa vida. Todos podemos ser descuidados em relação à sementeira, como também todos somos capazes de alcançar uma colheita muito além das nossas expectativas ou capacidades.
É um processo lento, paciente, que requer disponibilidade de tempo e de coração. Precisas de entrar no coração, escavar dentro de ti, sem procurar respostas imediatas nem repentinas soluções. Ficar à espera de uma súbita conversão ou de rápidos frutos é a forma mais preguiçosa e também a menos provável de acontecer connosco.
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Ao nosso Deus que, por onde passa, faz brotar a abundância, confiamos os gemidos do seu Povo faminto e das suas criaturas em sofrimento, dizendo: Mostra-nos o teu amor!
> Pela Igreja: escute a Palavra do Mestre e a anuncie com abundância, sempre e em toda a parte, nós te pedimos: [TODOS:] Mostra-nos o teu amor.
> Pelos que governam: cuidem deste mundo, fazendo dele a Casa Comum onde todos tenham direito a uma terra, a um teto e a um trabalho, nós te pedimos: [TODOS:] Mostra-nos o teu amor.
> Pelos pobres e pelas vítimas da pandemia, pelos que mais sofrem as alterações climáticas: o mundo inteiro se una no cuidado amoroso pela Terra, nossa Casa Comum, nós te pedimos: [TODOS:] Mostra-nos o teu amor.
> Pela nossa família: optemos, neste tempo de verão, por um estilo de vida contemplativo e agradecido, sóbrio e simples, em harmonia com a beleza e a riqueza da Criação, nós te pedimos: [TODOS:] Mostra-nos o teu amor.
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Mostra-nos o teu amor.
Porque recebemos a gloriosa liberdade dos filhos de Deus, ousamos rezar com toda a confiança a Oração do Senhor: [TODOS:] Pai nosso...
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Esta semana cultivemos a gratidão e a admiração, o maravilhamento e a contemplação, diante da beleza e da harmonia da Criação, através de um olhar contemplativo e não possessivo, orante e não evasivo.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Senhor, nosso Deus, que, pela luz do sol e pela água da chuva, enches de fertilidade a terra e dás a semente ao semeador e o pão para comer, abençoa, na abundância do teu amor, esta nossa mesa familiar, para que saboreemos e imitemos a tua bondade, junto dos teus filhos, nossos irmãos. Ámen.