Décimo Quinto Domingo, Ano A
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16 de Julho de 2020A família que Jesus Cristo propõe, para além de qualquer outra consideração sobre as afinidades, é a que se fundamenta na fé e no amor, na escuta e na prática da palavra de Deus. Todas as pessoas são convidadas a fazer parte desta ‘nova família’. É uma pena que quando se fala de família, na Igreja, nos tempos atuais, parece que só se pensa num possível tipo de vínculo familiar!
PALAVRA DE DEUS
Jesus Cristo, sem anular os laços familiares tradicionais, quis instituir uma ‘nova família’, na qual os vínculos vitais se estabelecem com base na fé e do amor, na escuta e na prática da palavra de Deus.
‘Nova’, porque o casamento entre o homem e a mulher já existia (é porventura uma realidade desde que existem seres humanos e foi sempre considerado pela Igreja como uma união natural querida e abençoada por Deus); com Jesus Cristo aparece um ‘novo’ tipo de relação que rompe com os cânones desses parentescos estabelecidos pela carne e o sangue.
‘Família’, porque a relação entre os humanos e o Deus de Jesus Cristo é «como a história de dois namorados. Deus e o homem encontram-se, procuram-se, acham-se, celebram-se e amam-se: exatamente como o amado e a amada no Cântico dos Cânticos. Todo o resto vem como consequência desta relação. A Igreja é a família de Jesus sobre a qual derrama o seu amor; é este amor que a Igreja conserva e deseja doar a todos» (Papa Francisco, Audiência Geral de 8 de junho de 2016).
A família que Jesus Cristo propõe, para além de qualquer outra consideração sobre as afinidades, é a que se fundamenta na fé e no amor, na escuta e na prática da palavra de Deus.
«Quem são a minha mãe e os meus irmãos?» (Marcos 3:33) — perguntou de forma provocatória, quando lhe anunciaram a presença da sua família carnal: «A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-te» (Mateus 12:47). Apontando para outros que não eram da sua família carnal, referiu-se aos que o escutavam, dizendo: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática» (Lucas 8:21).
Todas as pessoas são convidadas a fazer parte desta ‘nova família’. Ao longo da história, alguns homens e mulheres quiseram imitar mais de perto este novo tipo de família, essa fraternidade não fundamentada na carne, mas no amor.
Criaram-se famílias de homens e de mulheres celibatários, que queriam com este sinal ‘repetir’, nas suas vidas, o celibato de Jesus Cristo, mostrando assim qual é a ‘nova família’.
É uma pena que quando se fala de família, na Igreja, nos tempos atuais, parece que só se pensa num possível tipo de vínculo familiar!