Que havemos de fazer?
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2 de Maio de 2020QUARTO DOMINGO DA PÁSCOA, ANO A
A Páscoa é a vitória da vida, a vida nova do Ressuscitado, vida abundante que nos enche de paz e de alegria. Jesus Cristo vem para dar a vida e para nos dar a vida. A frase merece ser repetida como refrão: «Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».
‘As minhas ovelhas’
O pastoreio não é tarefa fácil. Ser um bom pastor é ainda mais exigente. Imagina um pastor sozinho com um rebanho de ovelhas. Além de estar em desvantagem, a tarefa, em si mesma, está exposta a múltiplas situações. Quantos perigos tem de enfrentar? Quantas tempestades e trovões podem surgir ao longo do caminho? Quantos lobos podem circundar o rebanho? Quantas ribanceiras?
Certamente, uma ovelha sozinha facilmente se perde, fica desnorteada, cai, ou é atacada. Por isso, tem sempre importância a presença do pastor. Quando é bom, não se mostra como dono das ovelhas, mas o seu fiel companheiro.
O pastor sabe o caminho. As ovelhas confiam nas suas indicações. O pastor não só acompanha, como está profundamente conectado com o rebanho. Às vezes, vai à frente; outras, no meio; até atrás, conforme o que é melhor, em cada momento. Tudo se pode resumir na bela expressão repetida pelo Papa Francisco: o pastor possui o ‘cheiro as ovelhas’.
Diante dos perigos, uma forte trovoada ou o ataque de um lobo, melhor do que fugir, pode ser mais seguro e eficaz para a ovelha permanecer junto do pastor.
É assim o bom pastor: garante o bem estar e a segurança de cada uma das ovelhas; a sua voz é já uma acalmia para a ovelha, deixa tranquilo e pleno o seu coração. «Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos, não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo».
O bom pastor está próximo de cada uma, conhece-as pelo nome, a todas dedica a sua vida. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Em sintonia, percebemos a generosidade do Bom Pastor: «Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância».
‘Que havemos de fazer?’
Há muitos que andam cansados e oprimidos, agravados pela dureza das circunstâncias. É preciso recuperar a ‘abundância’ prometida por Jesus Cristo!
«Frequentemente aquilo que nos impede de caminhar, crescer, escolher a estrada que o Senhor traça para nós são os fantasmas que pululam nos nossos corações. [...] Ele conhece os interrogativos, as dúvidas e as dificuldades que agitam o barco do nosso coração e, por isso, nos tranquiliza: ‘Não tenhas medo! Eu estou contigo’» (Papa Francisco).
O Ressuscitado oferece amor abundante, esse amor que dá pleno sentido à vida. Não te contentes com o mínimo, o necessário para (sobre)viver. Deseja, antes, uma vida plena, vida em abundância.
A janela da audácia e valentia
Neste ‘episódio’, propomos que abras a janela da audácia e valentia: não baixes os braços; olha em frente e mais longe; aceita o desafio; ousa ser mais!
Assume esta atitude: pensar grande; e agir pequeno. Alguns vivem ao contrário; e corre-lhes mal: pensam pequeno e querem agir grande. Não te resignes ao pouco. Nem te desculpes que não és capaz. Sem medo!