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23 de Janeiro de 2021O que é que sugerimos aos paroquianos para alimentar a oração em família? Quais são os recursos que temos disponíveis para fortalecer a fé dos casais jovens e dos idosos? Como é que podemos inspirar hábitos de louvor e adoração, através das redes sociais? Qual é a dinâmica paroquial para acompanhar o caminho de discipulado?
COMUNIDADE
As plataformas digitais podem proporcionar às paróquias uma oportunidade para criar e implementar novas e significativas experiências de oração e de celebração da fé, novos modos comunitários de louvor e adoração, além da transmissão do sacramento da eucaristia.
A eucaristia faz a Igreja. A Igreja vive da eucaristia. A eucaristia é a fonte e o centro da vida cristã. «A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história» (João Paulo II).
Sem descuidar as verdades essenciais da fé católica, é urgente perceber que também há perigos que resultam da difusão massiva de transmissões eucarísticas através das redes sociais.
Christian Mocek, leigo católico, em artigo publicado pelo National Catholic Reporter, testemunha que, após alguns dias, a experiência digital da eucaristia com a família tornou-se cada vez mais perturbadora.
A eucaristia ‘digital’ resumia-se «a ver alguém a rezar». Sentada na sala, a família não experienciava a celebração do sacramento. Deixaram de o fazer, porque era «mais frustrante do que edificante». Porquê? Além das distrações próprias do ambiente familiar, percebia-se mais como assistente ou espectador, do que como crente em celebração de ação de graças e adoração.
O que é que sugerimos aos paroquianos para alimentar a oração em família? Quais são os recursos que temos disponíveis para fortalecer a fé dos casais jovens e dos idosos? Como é que podemos inspirar hábitos de louvor e adoração, através das redes sociais? Qual é a dinâmica paroquial para acompanhar o caminho de discipulado?
A pastoral digital não pode passar, em exclusivo, pela transmissão da eucaristia diária ou dominical. Quando é a única proposta de celebração comunitária da fé, também se torna «inadequada».
Se não o entendermos, veremos agravarem-se as consequências do anterior confinamento geral: templos e bancos ainda mais vazios, nos quais se sentam alguns idosos e uns quantos adultos.
A conclusão é assertiva: «Não quero ver-vos a rezar, eu quero rezar convosco». A provocação sugere uma perspetiva sinodal: Confinados, como é que podemos rezar juntos?