Perseverança
24 de Julho de 2020Décimo Sétimo Domingo, Ano A
25 de Julho de 2020A 26 de julho, desde 2003, em Portugal, celebramos o Dia dos Avós. Os avós são um tesouro a merecer todo o cuidado, mesmo quando já não servem para cuidar dos netos. Os mais velhos não são ‘descartáveis’, uma mera parte do passado; são essenciais no presente, pois sem eles hipotecamos o futuro.
AVÓS
O dia 26 de julho, no calendário litúrgico, assinala a memória de Joaquim e Ana, os avós maternos de Jesus de Nazaré. Em Portugal, a partir de 2003, a Assembleia da República decretou a celebração do Dia (nacional) dos Avós.
Jesus de Nazaré, como todos os seres humanos, teve avós maternos e paternos. A sua genealogia, no evangelho segundo Mateus (1:16), refere apenas o nome de Jacob como progenitor de José; na versão de Lucas (3:23), figura o nome de Eli.
Os nomes dos avós maternos têm origem no evangelho apócrifo de Tiago, no qual se diz que os pais de Maria (mãe de Jesus) se chamavam Joaquim e Ana. A Igreja Católica assumiu-os como autênticos, a ponto de os incluir no dia 26 de julho do calendário litúrgico.
Jesus Cristo teve uma família. Sem dúvida que o ambiente familiar teve influência na sua formação. Ao analisar a sua personalidade, podemos intuir que a família teve nele uma influência positiva, em todas as dimensões.
A Igreja faz bem em evocar os avós de Jesus, pois é também uma maneira de recordar que os avós são depositários de valores fundamentais para a família e a sociedade. Aliás, nos tempos hodiernos, são eles que (com mais eficácia e empenho) transmitem e testemunham aos mais novos a alegria da fé e o amor de Deus.
Os avós são um tesouro a merecer todo o cuidado, mesmo quando já não servem para cuidar dos netos. Tomemos o que diz a Carta aos Efésios (6:2-3): «Honra teu pai e tua mãe — tal é o primeiro mandamento, com uma promessa: para que sejas feliz e gozes de longa vida sobre a terra».
Os mais velhos não são ‘descartáveis’, uma mera parte do passado; são essenciais no presente, pois sem eles hipotecamos o futuro. A Comissão Episcopal do Laicado e Família apresenta-os como tesouro a proteger com cuidado e admiração. E acrescenta que «uma sociedade que não protege, não cuida, não admira os mais velhos, está condenada ao fracasso. Porque tal como a natureza nasce e renasce, tal como a semente cresce e é lançada à terra, assim a vida corre e decorre. Quem é cuidado será capaz de cuidar. Quem aprende será capaz de ensinar. Quem é protegido será capaz de proteger. Quem é amado será capaz de amar».