Pastoral transformadora
13 de Agosto de 2019Recomeçar a vida
20 de Agosto de 2019A amizade, o aprofundamento dos laços entre as pessoas, pode ser alimentada através das redes sociais. Sem descuidar o encontro pessoal, o tu a tu, confirmamos as possibilidades próprias do mundo digital. O testemunho é sempre decisivo no processo evangelizador: «também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia».
REDES SOCIAIS
A amizade, o aprofundamento dos laços entre as pessoas, pode ser alimentada através das redes sociais. Sem descuidar o encontro pessoal, o tu a tu, confirmamos as possibilidades próprias do mundo digital.
Entre os riscos inerentes ao uso dessas plataformas, segundo um estudo (cf. Diário do Minho de 15 de agosto de 2019) do Serviço de Pediatria do Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães, destaca-se que «65% já contactou com desconhecidos, que 61% já mentiu sobre a idade para ter acesso a conteúdo limitado e que os adolescentes entendem que os conteúdos publicados não prejudicam a sua privacidade e ainda que 39% considera que os conteúdos que publica não influenciarão o seu futuro». Estes números merecem uma reflexão.
O estudo refere que apenas uma décima parte dos adolescentes usa as redes sociais para «partilhar fotos ou vídeos da sua autoria». Um ponto a explorar na pastoral, na catequese: ajudar os adolescentes cristãos (também os jovens, os adultos) a viver a presença nas redes sociais também como meio de evangelização.
Ser evangelizador não é apenas introduzir citações bíblicas, «não só inserir conteúdos declaradamente religiosos», afirmou o Papa Bento XVI na Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais (em 2011). Importante é «testemunhar com coerência, no próprio perfil digital e no modo de comunicar, escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele».
O testemunho é sempre decisivo no processo evangelizador: «também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia».
Numa outra mensagem, em 2013, retomando o mesmo assunto, Bento XVI acrescentou que «a autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. [...] Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana».