Primeiro Domingo de Páscoa, Ano B
3 de Abril de 2021Felizes os que acreditam
8 de Abril de 2021Hoje, como naquele primeiro dia da semana, Jesus Cristo, pelo dom do Espírito Santo, torna-se ‘presente’, para mudar as nossas tristezas em valentia, para transformar as inseguranças em paz, para escancarar as nossas portas fechadas e renovar todos os ‘espaços’ abertos e acolhedores, para modificar os nossos medos em alegria, para fazer de nós ‘Testemunhas da Páscoa’.
FÉ CRISTÃ
A Páscoa atualiza a alegria da Ressurreição, a festa da Luz e da Vida. O primeiro acontecimento pascal, evocado na liturgia desde Quinta-feira Santa até ao Pentecostes, é o centro do ano litúrgico, o coração da fé cristã.
O Ressuscitado é a novidade eterna, a estrela da manhã que não tem ocaso, a nova criação, a nova luz, o novo dia de Deus para todos nós.
A luz, que irrompe na noite da Vigília Pascal, é demasiado grande para ficar encerrada nas vinte e quatro horas do dia. Por isso, a maior de todas as festividades, perdura ao longo de cinquenta dias vividos como o único e «o grande domingo» da luminosidade eterna.
A partir da Ressurreição, somos envolvidos numa luz intensa (cf. Atos dos Apóstolos 9, 3), apoiados no testemunho da experiência pascal de Maria Madalena, a ‘Apóstola dos Apóstolos’, depois Tomé, Pedro, João, Paulo, passando pelo grupo dos discípulos e pelas primitivas comunidades cristãs, de geração em geração, até aos nossos dias, até ao fim dos tempos.
«Quem se abriu ao amor de Deus, acolheu a sua voz e recebeu a sua luz, não pode guardar este dom para si mesmo. […] A luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos como num espelho, e assim se difunde chegando até nós, para que também nós possamos participar desta visão e refletir para outros a sua luz, da mesma forma que a luz do círio, na liturgia de Páscoa, acende muitas outras velas. A fé transmite-se por assim dizer sob a forma de contacto, de pessoa a pessoa, como uma chama se acende noutra chama» (Carta Encíclica sobre a fé, 37).
A ‘série’ sobre o testemunho daquelas primeiras mulheres e daqueles primeiros homens dá-nos a conhecer essa tão profunda renovação provocada pelo encontro com o Ressuscitado, de modo a inspirar, em nós, idêntico testemunho. Somos discípulos missionários!
Hoje, como naquele primeiro dia da semana, Jesus Cristo, pelo dom do Espírito Santo, torna-se ‘presente’, para mudar as nossas tristezas em valentia, para transformar as inseguranças em paz, para escancarar as nossas portas fechadas e renovar todos os ‘espaços’ abertos e acolhedores, para modificar os nossos medos em alegria, para fazer de nós ‘Testemunhas da Páscoa’.