Nunca sozinhos
24 de Abril de 2020Uma questão de amor
28 de Abril de 2020LITURGIA FAMILIAR
O desânimo e a tristeza podem dar lugar ao entusiasmo e à alegria? Sim, mas não temos uma solução mágica. O testemunho do cristão é estar mergulhado nas dificuldades da vida quotidiana com «renovada juventude da alma».
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
PAI OU MÃE: Jesus Cristo Ressuscitado continua a vir ao nosso encontro, no primeiro dia da semana, o domingo, para ser a nossa luz na escuridão dos tempos, a nossa paz no meio dos medos, a nossa companhia em casa e à mesa, na solidão do confinamento, o verdadeiro Caminho da Vida. Iniciemos como ‘igreja doméstica’ esta oração: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.PEDIMOS PERDÃO
[cada membro da família é convidado a lavar os olhos]FILHO/A: Senhor, acolhe as lágrimas das vezes em que fechamos os olhos do coração à tua presença. A luz da tua Páscoa gloriosa nos faça ver tudo de modo novo e caminhar por uma vida nova. TODOS: Amen.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Lucas
[aqui está um resumo; o texto completo pode ser lido pela Bíblia, no evangelho segundo Lucas, capítulo 24, versículos 13 a 35]
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús [...]. Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou estes dias». [...] «O que se refere a Jesus de Nazaré [...]. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu [...]». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, [...] eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém [...]. Contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Hoje, leitores/ouvintes, sabemos a identidade daquele companheiro de viagem. Contudo, se colocados na pele dos discípulos, talvez estejamos em idêntica situação: ‘escondidos’ em casa, porventura desanimados e «com ar muito triste». ‘Nós esperávamos que Deus nos libertasse desta pandemia… Mas afinal já morreu tanta gente, há tantos infetados e gravemente doentes’… Não é Deus que está ausente. Nós, os atuais discípulos de Emaús, é que, obstruídos pelos sentimentos, ficamos impedidos de reconhecer a sua presença. A fé permite vencer a dureza do coração. Quando abrimos a janela da novidade trazida pelo Ressuscitado, somos insuflados de um ar muito alegre que abre os olhos por dentro para reconhecer o companheiro de viagem. Como naquele dia em direção a Emaús, não dá uma receita: ‘faz isto e desaparece o problema’. Não faz magia, mas pedagogia: ajuda a compreender que nenhuma experiência humana está excluída do coração de Deus.
PRECES
Certos de que o Senhor Jesus Ressuscitado não nos abandona, digamos como os discípulos de Emaús: Fica connosco, Senhor!
> Pela Igreja: neste tempo de confinamento, saiba abrir brechas no coração de todos, para que cada um de nós descubra e assuma com gratidão a sua própria vocação. Nós te pedimos: Fica connosco, Senhor!
> Pelos que abraçam a sua vocação [no matrimónio, na vida consagrada, no sacerdócio]: no meio da fadiga, da solidão e da monotonia, sintam sempre a tua companhia. Nós te pedimos: Fica connosco, Senhor!
> Pelas vítimas atribuladas desta pandemia e pelos que lutam contra ela, até ao extremo do amor: nunca lhes falte a coragem pessoal da entrega e a gratidão colaborante de todos. Nós te pedimos: Fica connosco, Senhor!
> Pelos que estão na linha da frente do combate à pandemia, pelos profissionais de saúde, pelos voluntários, pelos que trabalham para garantir a saúde, a alimentação, a higiene, os transportes e os serviços essenciais, nós te pedimos: Fica connosco, Senhor!
> Pela nossa família: façamos da vida um cântico de louvor, oferecendo-a alegremente pela salvação do mundo. Nós te pedimos: Fica connosco, Senhor!
> [acrescenta a tua intenção]. Nós te pedimos: Fica connosco, Senhor!
Vem, Senhor Jesus, bom e belo Pastor, caminha connosco. Abre os nossos ouvidos e o nosso coração à tua voz que acalma, chama e envia. Dá firmeza ao nosso caminhar, infunde em nós a tua coragem, ensina-nos a reconhecer em cada dificuldade, em cada momento de dor ou de incerteza, a tua presença que dissipa todo o medo. Aceita a nossa gratidão e o nosso louvor, Senhor Jesus, bom e belo Pastor. Amen.
COMPROMISSO
Esta semana vamos abrir os olhos (do coração) para reconhecer os sinais da presença de Deus, até podemos fazer uma breve partilha, em família, para evocar alguns desses sinais. E, para conversar sobre a vocação, podemos (re)ver juntos um destes filme: «A bailarina» (E se a vocação não fosse a concretização de um sonho mas encontrar o lugar que te permite não deixar de sonhar?); «UP, altamente» (Um coração encontrado nunca deixa de procurar a sua vocação).
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!