Uma boa escolha
14 de Fevereiro de 2020Leva contigo a tua oração
18 de Fevereiro de 2020O namoro é tempo de discernimento aberto à decisão livre e consciente de assumir ou suspender o (desejado) projeto de amor. Há que prever essa alternativa, sem deixar de permanecer como bons amigos, ainda que a rutura comporte sempre uma certa dose de sofrimento. Não seja até descabida essa mesma possibilidade para os primeiros tempos de noivado.
NAMORADOS
Valentim, santo inscrito no martirológio da Igreja Católica, foi decapitado, em Roma, a 14 de fevereiro do ano 270. Entretanto, o dia passou a estar associado à promoção do amor como evocação do Dia dos Namorados.
De acordo com a tradição, o bispo Valentim teria apoiado os jovens a celebrar o matrimónio, contra a determinação do imperador romano.
Nessa época, por causa das múltiplas guerras em que o Império estava envolvido, Cláudio II proibiu a realização de casamentos. Dessa forma, pensava, seria mais fácil a recruta de novos soldados, uma vez que era insuficiente o número de voluntários alistados no exército.
A atitude corajosa do bispo Valentim foi ainda mais enaltecida ao ser preso e condenado à morte. Entre peripécias lendárias, a sua ação em defesa do matrimónio ficou associada à vitalidade do amor. Supõe-se que as primeiras celebrações do Dia dos Namorados, a 14 de fevereiro, remontem aos tempos da Idade Média.
Na época atual, em que predomina o ‘descartável’, também nos sentimentos, a Comissão Episcopal do Laicado e Família, na mensagem deste ano, lembra o namoro como «uma etapa fundamental para chegar ao compromisso: tempo de conhecimento mútuo, de consolidação da amizade e de diálogo franco sobre o futuro e os valores que o devem enformar».
O namoro é tempo de discernimento aberto à decisão livre e consciente de assumir ou suspender o (desejado) projeto de amor. Há que prever essa alternativa, sem deixar de permanecer como bons amigos, ainda que a rutura comporte sempre uma certa dose de sofrimento. Não seja até descabida essa mesma possibilidade para os primeiros tempos de noivado.
Noutra perspetiva, como disposição para sonhar o amor, o ‘namoro’ há de permanecer entre os esposos. Assim o expressou o Papa Francisco (a 16 de janeiro de 2015): «Não percais esta capacidade de sonhar. E, na vida dos cônjuges, quantas dificuldades se resolvem, se conservarmos um espaço para o sonho, se nos detivermos a pensar no cônjuge e sonharmos com a bondade, com as coisas boas que tem. Por isso, é muito importante recuperar o amor através do sonho de cada dia. Nunca deixeis de ser namorados!».