Pai no acolhimento
13 de Julho de 2021Descanso do coração
20 de Julho de 2021Somos todos únicos. Cada um é a combinação única das múltiplas inteligências. Assim a raposa ensinou o principezinho a compreender a rosa como única. Ao ver de novo as outras rosas pôde-lhes dizer: «Vocês não são nada parecidas com a minha rosa. [...] São como era a minha raposa: apenas uma raposa semelhante a cem mil outras. Mas, agora que fiz dela minha amiga, ela é única no mundo».
COMPARAÇÃO
Cada indivíduo é único. Querer comparar-se, prosseguir na comparação com os supostos mais ou menos talentosos, nas diversas áreas da vida, constitui um risco letal.
A comparação começa muito cedo. Antes de nos compararmos com quem quer que seja, já fomos comparados. Ao nascer, por exemplo, os primeiros dados recolhidos são analisados em termos de comparação com uma determinada média (semanas de gestação, peso, altura).
Depois, continuam as comparações, no aspeto físico, no ambiente escolar, nas características atléticas, no desempenho laboral... Sem darmos conta, ou pior ainda quando é propositado, seguimos de comparação em comparação.
Howard Gardner, pelos anos oitenta do século XX, desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas: lógico-matemática; linguística; espacial; físico-cinestésica; musical; interpessoal; intrapessoal. Entretanto, acrescentou a natural e a existencial; e sugeriu a junção da inter e da intrapessoal.
A proposta de Gardner defende que existem diferentes talentos para cada atividade. Deixam de fazer sentido as comparações, para apostar na individualização e na pluralização.
Pela individualização, cada um aprende de acordo com as suas habilidades. A pluralização consiste em ensinar o mesmo de várias maneiras (histórias, debates, jogos, filmes, músicas, gráficos, exercícios práticos, etc.), de modo a abranger a totalidade das múltiplas inteligências.
Às vezes, no intuito de combater a comparação, surge a exaltação do somos todos iguais. Contudo, a igualdade é ela mesma devedora dessoutra mania da comparação.
Somos todos únicos. Cada um é a combinação única das múltiplas inteligências. Assim a raposa ensinou o principezinho a compreender a rosa como única. Ao ver de novo as outras rosas pôde-lhes dizer: «Vocês não são nada parecidas com a minha rosa. [...] São como era a minha raposa: apenas uma raposa semelhante a cem mil outras. Mas, agora que fiz dela minha amiga, ela é única no mundo».
Desaparecem as comparações. Admitindo alguma especialização, conforme as características pessoais, a maturidade chega pelo aprofundamento articulado de todas as inteligências.