Um AMOR a descobrir
25 de Novembro de 2023O meu presépio
9 de Dezembro de 2023PRIMEIRO DOMINGO DE ADVENTO, ANO B
Um novo começo. Jesus Cristo convida-nos a estar vigilantes, bem preparados para a chegada do «senhor da casa». É Advento, tempo para abrir os nossos olhos e os ouvidos, as mãos e o coração, a fim de acolher o Salvador.
“Não sabeis quando será o momento!”
O Advento «traz-nos a alegre notícia de um acontecimento que marca a história. […] Desde aí tudo está em movimento: a criação, a humanidade... Nada ficou ou fica ainda indiferente ao Natal de Jesus» (Mensagem dos bispos de Braga para o ciclo litúrgico Advento-Natal). Para isto existe este tempo de Advento, quatro semanas para não ficarmos indiferentes à vinda do Senhor à nossa «casa», para despertar em nós a possibilidade de viver, com renovada consciência, a aventura da fé.
Este Primeiro Domingo de Advento (Ano B) concentra a nossa atenção no grito que chega através do evangelho segundo Marcos: «estai despertos, pois não sabeis quando será o momento! […] Estai vigilantes, pois não sabeis quando virá o senhor da casa».
Não sabemos quando, mas sabemos que vem, sabemos que está connosco, sabemos que veio assumir a nossa humanidade, sabemos que «há de vir em sua glória». Tal certeza é renovada na eucaristia, «enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador». Noutro momento, é toda a assembleia que proclama: «esperando a vossa vinda gloriosa» ou «Vinde, Senhor Jesus!».
Se alguns podem ficar dominados pela incerteza que perturba o coração, todos temos a possibilidade de nos maravilharmos com a certeza dessa vinda, porque não aponta só o futuro, também nos prepara, no presente, para acolhermos a presença de Deus.
Sinal admirável
Um forte desejo de representar, ao vivo, a primeira vinda de Jesus Cristo inundou o coração de São Francisco. Fê-lo em sintonia com a vinda quotidiana do Senhor, que acontece de modo sacramental na presença eucarística. Fê-lo na expectativa de ajudar os seus contemporâneos a saborear a Presença e a preparar a vinda gloriosa. A história desse primeiro presépio remonta ao ano de 1223. Estamos a celebrar os 800 anos daquele dia em que, na cidade italiana de Greccio, se concretizou o sonho evocativo do Natal.
O presépio, que é «como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura», continua a ser um «sinal admirável» que suscita «maravilha e enlevo», escreveu o Papa Francisco, na Carta Apostólica sobre o significado e o valor do Presépio.
Nesta ‘série’ de Advento e Natal, unidos ao duplo desejo de São Francisco de Assis e do nosso contemporâneo, Papa Francisco, propomo-nos «apoiar a tradição bonita das nossas famílias prepararem o Presépio, […] o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças… Trata-se verdadeiramente dum exercício de imaginação criativa, que recorre aos mais variados materiais para produzir, em miniatura, obras-primas de beleza». Queremos contribuir para «que esta prática nunca desapareça» e «onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar».