Amigos fortes de Deus
13 de Fevereiro de 2021A chama do amor
16 de Fevereiro de 2021LITURGIA FAMILIAR
A palavra de Deus dá-nos como modelo de fé um leproso. O encontro pessoal com Jesus Cristo abre à possibilidade da libertação de tudo o que oprime e faz sofrer o ser humano: «Quero: fica limpo».
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Jesus Cristo continua a curar: a curar os doentes e a salvar pessoas; a fazer desaparecer a lepra e a destruir as barreiras do egoísmo. Tudo para a maior glória de Deus. E a glória de Deus é o homem vivo: são e salvo, curado e salvo no amor. O apelo ‘fique em casa’ e o necessário distanciamento físico, não seja pretexto para a indiferença ou para o esquecimento, seja de quem for. Tornemo-nos instrumentos do amor de Deus, cuidando ainda mais uns dos outros.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
Conscientes da nossa impureza, pedimos ao Senhor que nos limpe, nos purifique com o toque da sua misericórdia.
> Pela indiferença, que ganha terreno no nosso coração: Senhor, misericórdia! [TODOS:] Senhor, misericórdia!
> Pela exclusão, que transforma os outros em descartáveis do progresso: Cristo, misericórdia! [TODOS:] Cristo, misericórdia!
> Pela dureza do coração, que deixa de ver o outro como irmão: Senhor, misericórdia! [TODOS:] Senhor, misericórdia!
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Marcos [capítulo 1, versículos 40 a 45]
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Como é atual este episódio! Os constrangimentos provocados pela Covid-19 ajudam-nos a compreender um pouco melhor a situação dos leprosos (cf. o capítulo treze do livro do Levítico), obrigados ao confinamento e ao distanciamento social. Não admira que se use o termo ‘lepra’ para referir a pandemia que estamos a atravessar.
É com simplicidade e com convicção que o leproso se aproxima e pede ao Mestre e Médico: «Se quiseres, podes curar-me». Quantas vezes temos escutado algo semelhante: Senhor, livra-nos deste vírus que nos enfraquece e nos destrói, que nos afasta e nos mata, que nos atormenta e desumaniza. De alguns, infelizmente, continuamos também a ouvir que se trata de um terrível castigo divino por causa dos nossos pecados.
Jesus Cristo não vai nessa onda e prefere mostrar, com palavras e atos, a compaixão e a misericórdia. Agora, vemo-lo nos nossos hospitais, em nossas casas, presente na compaixão e na misericórdia dos profissionais de saúde, dos voluntários e dos trabalhadores e trabalhadoras, dos vizinhos e amigos, em cada homem e mulher que se arrisca ao contágio por amor à vida, em favor do irmão frágil ou doente.
As curas realizadas por Jesus Cristo são sempre sinal exterior de algo mais profundo e mais importante que acontece àqueles que se deixam tocar pelo seu amor. Queira Deus que seja esse o ‘milagre’ deste nosso tempo: a imunidade de grupo que ansiamos com a vacina seja acompanhada também pela humanidade de grupo.
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Ao Senhor, que nunca é indiferente às nossas necessidades, confiamos as súplicas dos seus filhos, dizendo: Senhor, se quiseres, podes curar-me!
> Na Igreja, há quem se sinta excluído, por olhares impiedosos, sem compaixão, que em vez de integrar promovem a exclusão. Em nome de todos os feridos, nós te pedimos: [TODOS:] Senhor, se quiseres, podes curar-me!
> No mundo, cresce a distância entre pobres e ricos. Em nome de todos os que são esquecidos, explorados, desprezados, como resíduos ou sobras da sociedade, nós te pedimos: [TODOS:] Senhor, se quiseres, podes curar-me!
> Nesta pandemia, são inumeráveis as vítimas. Em nome de todos os que sofrem e de todos os que arriscam a sua vida para prestar cuidados de saúde, nós te pedimos: [TODOS:] Senhor, se quiseres, podes curar-me!
> Na nossa família, provocamos atitudes de indiferença e de exclusão, de distanciamento e de esquecimento dos outros. Em nome de todos esses momentos, nós te pedimos: [TODOS:] Senhor, se quiseres, podes curar-me!
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Senhor, se quiseres, podes curar-me!
Filhos amados de Deus, como irmãos, rezamos: [TODOS:] Pai nosso
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Vem aí a Quaresma! Em família, ‘igreja doméstica’, vamos recordar e viver a Aliança de amor divino, que nos abarca e abraça a todos. Podemos começar por elaborar um plano de privação (de jejum e abstinência), cuja poupança reverta para uma obra social, cultural ou espiritual, ou para o contributo penitencial proposto pela diocese.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Senhor, ensina-nos a viver o domingo, em família, na alegria do teu amor. Ensina-nos a fazer desta refeição lugar de encontro, de partilha e de festa para que, comendo ou bebendo, ou fazendo qualquer outra coisa, façamos tudo e sempre para a maior glória de Deus. Ámen.