
Novo ponto de partida
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5 de Março de 2020A vida espiritual não se apresenta como um objetivo a alcançar, mas como uma viagem, um processo dinâmico ao longo da nossa existência. O critério não é medir, mas aprofundar. Não é uma tentativa de aferir onde cada um se encontra para classificar em bom ou mau, mas aceitar que é sempre possível abrir-se um pouco mais à presença divina.
VIDA ESPIRITUAL
Há que ter em conta a viagem espiritual percorrida por cada pessoa. A questão é um dos desafios essenciais, talvez o mais importante, no plano de Renovação Inadiável: O quê e como fazemos para alimentar a vida espiritual?
Um estudo realizado em 244 paróquias católicas dos Estados Unidos (tradução espanhola: «Grandes Parroquias Católicas») apresenta como «uma das descobertas mais inspiradoras» o facto de 90,4% dos párocos considerar o crescimento espiritual como a característica mais importante para se tornar numa paróquia ‘vibrante’.
A vida espiritual não se apresenta como um objetivo a alcançar, mas como uma viagem, um processo dinâmico ao longo da nossa existência. O critério não é medir, mas aprofundar. Não é uma tentativa de aferir onde cada um se encontra para classificar em bom ou mau, mas aceitar que é sempre possível abrir-se um pouco mais à presença divina.
«Nem toda a gente estará preparada para participar num estudo bíblico em profundidade, que te dá trabalho de casa, que dura hora e meia, durante vinte e quatro semanas. Mas talvez estejam dispostos a participar em alguma coisa, durante uma hora, um vez por mês».
A maioria dos católicos, os que fizemos o percurso de iniciação à fé através da catequese na infância e adolescência, colocaram-se num estado de letargia, ‘distraídos’ em relação ao crescimento espiritual, vivem em ‘piloto automático’.
«Quando começamos a considerar a nossa participação na liturgia dominical como o nosso seguro pessoal de que estamos de bem com Deus, perdemos de vista as nossas necessidades espirituais mais profundas».
Há pelos menos dois tipos de pessoas sentadas nos bancos das igrejas: as que não manifestam qualquer tipo de interesse e as que estão empenhadas no crescimento espiritual. Enquanto umas anseiam ser apoiadas, de forma sustentada, outras precisam de ser provocadas com oportunidades relevantes de crescimento espiritual.
É urgente despertar e estimular a ‘sede de mais’. A comunidade (paroquial) tem de ser capaz de implementar diversificadas propostas que acompanhem o itinerário individual e contribuam para alimentar a vida espiritual.