Confiança
26 de Dezembro de 2020O Senhor te abençoe e te proteja
31 de Dezembro de 2020LITURGIA FAMILIAR
Fé, fidelidade, confiança: três palavras com a mesma raiz e significados semelhantes. Exprimem uma atitude muito presente nos textos bíblicos, tanto como propriedade divina, como característica humana do crente.
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Celebramos a Sagrada Família, de Jesus, Maria e José. Esta família de Nazaré alargar-se-á à grande família de quantos fazem a vontade do Pai: «esses – dirá Jesus Cristo – são minha mãe e meus irmãos».
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
> Pelas vezes em que a nossa família não foi lugar de acolhimento, capaz de abrir o coração para acolher a todos. Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
> Pelas vezes em que a nossa família se isola no egoísmo, a ponto de cavar um muro de separação entre «nós» e «os outros». Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
> Pelas vezes em que as nossas relações familiares são dominadas por um intimismo egoísta, sob a aparência de uma relação intensa. Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Lucas [capítulo 2, versículos 22 a 40]
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor [...]. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino, para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações». [...] Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia, tornava-Se robusto e enchia-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
A disponibilidade de Maria e a obediência de José tornaram possível esta família pela qual o Filho de Deus assume a condição humana.
Na Carta Apostólica por ocasião dos 150 anos da declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja, o Papa Francisco descreve este «homem da presença quotidiana discreta» é o de «pai na obediência». Os sonhos de Deus revelados a José ajudam-no a resolver o dilema perante a gravidez da esposa: «Com obediência, superou o seu drama e salvou Maria»; e depois a fuga para o Egito: «José não hesitou em obedecer, sem se questionar sobre as dificuldades que encontraria».
O Papa fala de ‘obediência’, palavra talvez estranha nos nossos dias, que expressa a fortaleza da fé e da confiança. Obedecer é acreditar.
O propósito de vida, como a fé, não é uma decisão que parte de nós para Deus. A missão que me realiza no mundo vem das ‘mãos’ de Deus para o meu coração. «Mais importante do que dizer o que eu penso de Deus é saber o que Deus pensa de mim», disse Eduardo Lourenço.
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
«Jesus, Maria e José, em vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a vós nos consagramos» e confiamos as nossas preces, invocando: Deus connosco, faz-nos todos irmãos no teu amor!
> Somos convidados a fazer da Igreja uma casa de portas abertas, onde há lugar para todos. Mas fazemos dela uma alfândega, agindo como controladores da graça. Nós te pedimos: [TODOS:] Deus connosco, faz-nos todos irmãos no teu amor!
> Somos desafiados a pensar e a gerar um mundo aberto, que integre a todos, a começar pelos últimos. Mas erguemos barreiras, muros e fronteiras, e vivemos como ilhas. Nós te pedimos: [TODOS:] Deus connosco, faz-nos todos irmãos no teu amor!
> Somos chamados a um amor universal, que acolhe, protege, promove e integra a todos. Mas criámos um mundo de sócios, onde se defendem interesses de pequenos grupos. Nós te pedimos: [TODOS:] Deus connosco, faz-nos todos irmãos no teu amor!
> Somos exortados a ser uma igreja doméstica. Mas às vezes não temos tempo e lugar para Jesus Cristo. Nós te pedimos: [TODOS:] Deus connosco, faz-nos todos irmãos no teu amor!
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Deus connosco, faz-nos todos irmãos no teu amor!
Pelo Batismo, Deus faz de todos nós seus filhos e filhas, a sua família. Rezemos-lhe como Jesus Cristo nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Somos desafiados a acolher Jesus Cristo como Alguém da nossa casa, presença familiar e permanente. Se o louvor se tornar a música de fundo da nossa casa, se escutarmos juntos a Palavra de Deus, então, seremos uma igreja doméstica, onde todos se acolhem no amor de Jesus Cristo, isto é, onde todos, por amor, se colocam ao serviço uns dos outros.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Bendito sejas, ó Pai, porque nos reúnes na alegria do Espírito Santo e sacias esta família com os dons do teu amor. Alimenta o nosso coração para sabermos acolher e amar quem bate à nossa porta. Ámen.