O muito é feito de poucos
22 de Outubro de 2019A arte da serenidade
29 de Outubro de 2019A criatividade ‘pastoral’ e ‘missionária’, que queremos implementar na vida pessoal e comunitária, inspira-se na ‘constante’ e ‘infinita’ criatividade divina: a que nos permite ver além dos nossos limites; a que nos dá a capacidade profética de rasgar novos horizontes; a que nos ensina a mostrar atual a Boa Nova de Jesus Cristo; a que nos desafia a reconfigurar os planos e as estruturas, as linguagens e os modelos de estar na Igreja e no mundo. Em breve, possa surgir no nosso contexto eclesial, uma rede de ‘paróquias criativas’ dispostas a iniciar o ‘Caminho de Páscoa’.
CRIATIVIDADE
A inteligência a divertir-se, dizia Einstein, revela uma das mais sugestivas capacidades do ser humano. Esses momentos em que o cérebro processa a informação de forma não convencional produzem o que chamamos de criatividade.
Os municípios portugueses que integram as ‘cidades criativas’ da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) lançaram um projeto comum (cf. Diário do Minho de 24 de outubro de 2019) que visa a afirmação mundial das suas criações artísticas e culturais: Artes e Media (Braga), Artesanato e Artes Populares (Barcelos), Música (Amarante e Idanha-a-Nova), Literatura (Óbidos).
A Rede de Cidades Criativas foi criada, em dois mil e quatro, pela UNESCO, para desenvolver a cooperação entre cidades que identificam a criatividade como fator estratégico para o desenvolvimento. Em todo o mundo há atualmente 180 ‘cidades criativas’, das quais cinco são portuguesas: Braga, Barcelos, Amarante, Óbidos e Idanha-a-Nova.
O Papa Francisco, no seu documento programático para a Igreja Católica (Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual), na versão oficial em português, usa seis vezes o termo ‘criatividade’: aplicada a Deus (criatividade constante e infinita, EG 11 e 278); no contexto paroquial (criatividade missionária, EG 28); nas universidades (EG 134); a propósito da preparação da pregação (criatividade pastoral, EG 145).
A ‘criatividade’ eclesial nem sempre é vista com bons olhos, pelo menos quando é interpretada como algo irrefletivo e excêntrico que nos pretende afastar do caminho traçado pela Revelação e pela Tradição. Não é esse o propósito do Papa, e também não é o nosso, ao escolher a ‘criatividade’ como um dos valores do Laboratório da fé.
A criatividade ‘pastoral’ e ‘missionária’, que queremos implementar na vida pessoal e comunitária, inspira-se na ‘constante’ e ‘infinita’ criatividade divina: a que nos permite ver além dos nossos limites; a que nos dá a capacidade profética de rasgar novos horizontes; a que nos ensina a mostrar atual a Boa Nova de Jesus Cristo; a que nos desafia a reconfigurar os planos e as estruturas, as linguagens e os modelos de estar na Igreja e no mundo.
Em breve, possa surgir no nosso contexto eclesial, uma rede de ‘paróquias criativas’ dispostas a iniciar o ‘Caminho de Páscoa’.