Reconhecer o erro
30 de Setembro de 2023Todos, todos, todos!
14 de Outubro de 2023VIGÉSIMO SÉTIMO DOMINGO, ANO A
Deus ama-nos sempre; em contrapartida, nós nem sempre respondemos do mesmo modo. Ele cuida de nós com carinho, quer-nos sempre junto dele, sem pôr em causa a nossa liberdade e responsabilidade.
“Dado a um povo que produza os seus frutos”
Jesus Cristo volta a usar a imagem da vinha, a fim de nos ajudar a refletir sobre o amor de Deus para connosco e a forma como correspondemos a tão grande amor. Esta é a terceira parábola, que nos fala do senhor da vinha, desde aquele que chama a qualquer hora do dia, porque quer convidar a todos, passando pelo pai que pede a colaboração dos seus dois filhos, para chegarmos à produção e recolha dos frutos.
Estamos mergulhados numa história de amor: um homem, o senhor da casa, que fez tudo por um pedaço de terra que tinha transformado numa vinha. Os primeiros pormenores descrevem a paixão daquele homem, o cuidado para que a vinha possa produzir bons e abundantes frutos. Contudo, precisa de ajuda, por isso entrega-a a uns agricultores.
A parábola fala-nos de Deus, o Pai, e de Jesus Cristo, o Filho, fala-nos do amor profundo que o Pai tem pela humanidade – esta tantas vezes pouco grata – e do sofrimento que o Filho vai padecer, por ser fiel à missão de tornar visível a bondade divina.
Apesar da perspetiva de um desenlace violento, somos surpreendidos com a alternativa que aponta para um recomeço e não para um final trágico: «dado a um povo que produza os seus frutos». A conclusão rompe com a sequência violenta e volta ao propósito inicial de produzir frutos. Deus jamais desiste de frutificar o seu amor.
Recomeçar
Dar fruto é a nossa missão. Deus ama todas as pessoas e a todas convida a viver a partir da comunhão com ele. Não é mero sentimento, mas compromisso a produzir os frutos que brotam do amor que recebemos de Deus, tais como o diálogo e o perdão, a harmonia e a paz, a bondade e a fraternidade, a conversão e os pensamentos positivos.
Dale Carnegie, inspirador desta ‘série’ sobre «resolver conflitos e fazer amigos», sugere-nos sete princípios capazes de produzir frutos: (1) Preencha a sua mente com pensamentos de paz, coragem, saúde e esperança; (2) Nunca tente vingar-se dos seus inimigos; (3) Espere ingratidão; (4) Conte as suas bênçãos, não os seus problemas; (5) Não imite os outros; (6) Tente lucrar com as suas perdas; (7) Crie felicidade para os outros.
Este último episódio, à semelhança da parábola do evangelho, é um convite a recomeçar, a voltar ao ponto de partida: reconhecer os conflitos e encará-los como oportunidade para o nosso amadurecimento humano e cristão.
Quando tudo te parecer perdido, lembra-te destas recomendações: «Substitua os pensamentos, palavras e emoções negativas na sua mente por alternativas positivas. Substitua o desespero pela esperança, o desânimo pela coragem, o fracasso pelo sucesso, a derrota pela vitória. Devemos esvaziar-nos de preocupações e enchermo-nos de confiança, eliminar a apatia e substituí-la pelo entusiasmo. Devemos encher a escuridão do ódio com a luz do amor» (Dale Carnegie).