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23 de Março de 2021LITURGIA FAMILIAR
Depois de Noé, Abraão, de Moisés no Sinai (onde se revela o amor mais forte do que as infidelidades do povo), neste Quinto Domingo, tudo culmina com «uma aliança nova». Aliança que se realiza de forma plena em Jesus Cristo.
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Percorremos, ao longo desta Quaresma, as grandes etapas da história do povo de Deus e das sucessivas alianças. E, neste domingo, acompanhamos a promessa de uma ‘nova aliança’. Assim, a relação entre Deus e o povo não se reduzirá mais a um contrato escrito nas tábuas da lei, mas será uma aliança inscrita no coração. Um coração purificado, recriado, renovado e transformado pelo amor divino!
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
> Aceitaste a sorte do grão de trigo, que cai na terra e morre, para dar muito fruto. Nós estamos agarrados à nossa vida: queremos possuí-la e não oferecê-la. Senhor, misericórdia! [TODOS:] Senhor, misericórdia!
> A cruz mete-nos medo: medo de perder a vida, de não agarrarmos tudo o que a vida nos oferece. Caímos em tentações que nos deixam vazios e desiludidos. Cristo, misericórdia! TODOS: Cristo, misericórdia! [TODOS:] Cristo, misericórdia!
> Recusamos o percurso do grão de trigo, o caminho do amor, o caminho que verdadeiramente nos dá a vida, e vida em abundância! Senhor, misericórdia! TODOS: Senhor, misericórdia! [TODOS:] Senhor, misericórdia!
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Livro de Jeremias [capítulo 31, versículos 31 a 34]
Dias virão, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova. Não será como a aliança que firmei com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito, aliança que eles violaram, embora Eu tivesse domínio sobre eles, diz o Senhor. Esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel, naqueles dias, diz o Senhor: Hei de imprimir a minha lei no íntimo da sua alma e gravá-la-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Já não terão de se instruir uns aos outros, nem de dizer cada um a seu irmão: «Aprendei a conhecer o Senhor». Todos eles Me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno, diz o Senhor. Porque vou perdoar os seus pecados e não mais recordarei as suas faltas.
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Estamos no último episódio da ‘série’ dedicada à temática da aliança. Algo novo já começa a despontar! Jeremias, naquele que se designa como «Livro da Consolação» (capítulos 30 e 31), apresenta um tempo novo inaugurado e regido por ‘uma aliança nova’ gravada na tábua do coração. O coração guarda tudo o que é importante, tudo o que ajuda a viver com sentido a nossa vida.
Em todo o Antigo Testamento é a única vez que se faz referência à ‘nova aliança’. Aqui percebemos a ponte com a Nova e Eterna Aliança revelada na Última Ceia (os evangelhos segundo Marcos e Mateus falam de aliança; Lucas e na Primeira Carta aos Coríntios usam mesmo ‘nova aliança’).
Apesar da infidelidade do povo, que gravou o pecado na tábua do coração (cf. Jeremias 17, 1), Deus não abandona a Aliança, continua a amar o seu povo. O nome de Deus é misericórdia!
Jeremias atesta a persistência da Aliança («Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo») com uma novidade. Agora, já não se trata de mera renovação, mas o dom de ‘uma nova aliança’ assente em dois pilares: o ’conhecimento’ de Deus e o perdão dos pecados.
O crente confia em Deus, deixa-se amar, deseja um coração puro, abre-se aos frutos da Aliança. É a meta da Nova e Eterna Aliança. O horizonte do humano (crente) é possuir um coração purificado que lhe permita alcançar a visão divina, ‘ver’ a Deus.
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Ao Deus da Aliança confiamos as preces, as súplicas, clamores e lágrimas do seu povo, dizendo: Dá-nos um coração novo e renova a Aliança!
> Pela Igreja: para que se manifeste ao mundo, como esposa fiel de Jesus Cristo, instrumento da aliança e da unidade de todo o género humano, nós te pedimos: [TODOS:] Dá-nos um coração novo e renova a Aliança!
> Pelos que têm responsabilidade no governo das nações: para que reconheçam o valor fundamental da aliança conjugal e promovam verdadeira políticas de apoio à família, nós te pedimos: [TODOS:] Dá-nos um coração novo e renova a Aliança!
> Pelos que partiram antes de nós e pelas vítimas da Covid-19: para que as suas vidas, lançadas à terra, como o grão de trigo, frutifiquem para a vida eterna e a certeza do teu amor, mais forte do que a morte, ilumine e console os familiares de luto, nós te pedimos: [TODOS:] Dá-nos um coração novo e renova a Aliança!
> Pela nossa família: para que alcancemos, através da conversão e do perdão, um coração novo, verdadeira arca da aliança, que guarda o tesouro frágil do amor, nós te pedimos: [TODOS:] Dá-nos um coração novo e renova a Aliança!
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Dá-nos um coração novo e renova a Aliança!
Rezemos como Jesus Cristo nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso
COMPROMISSO
Em família, vamos evocar a aliança conjugal: dialogar/escrever sobre três qualidades de cada um dos membros da família. E, juntos, renovar ao Senhor o pedido de um coração novo. O coração novo é a verdadeira arca da aliança capaz de guardar o tesouro do amor conjugal e familiar.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Bendito sejas, ó Pai, que nos dás um sinal da tua aliança, no amor abençoado que fez nascer e alimenta esta família. A refeição que vamos partilhar reforce os laços da nossa unidade e nos ajude a trabalhar por um mundo mais fraterno. Ámen.
