Dois remédios eficazes
13 de Março de 2021Crescer no amor familiar
16 de Março de 2021LITURGIA FAMILIAR
Misericórdia é outro nome para dizer a Aliança. Deus não julga, não condena; é o ser humano quem se condena, quando volta as costas à luz. A caminhada rumo à Páscoa ilustra os nossos desvios e a consequência do pecado. A salvação e a vida são uma escolha.
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Estamos a celebrar o Quarto Domingo da Quaresma, o domingo que traz o convite à alegria, porque o exílio e o confinamento não duram sempre. Alegria, porque a misericórdia de Deus é sempre maior que o nosso pecado. Alegria, porque o perdão é capaz de fazer uma nova criação. Alegria, porque as trevas da noite dão lugar à luz mais clara que o dia. Alegria, porque, nesta subida a Jerusalém, já cheira a Páscoa.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
> Tem compaixão de nós Senhor, [TODOS:] porque somos pecadores.
p> Manifesta, Senhor, a tua misericórdia; [TODOS:] e dá-nos a tua salvação.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do livro Segundo Livro das Crónicas [capítulo 36, versículos 14 a 16 e 19 a 23]
Naqueles dias, todos os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades, imitando os costumes abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha consagrado para Si em Jerusalém. O Senhor, Deus de seus pais, desde o princípio e sem cessar, enviou-lhes mensageiros, pois queria poupar o povo e a sua própria morada. Mas eles escarneciam dos mensageiros de Deus, desprezavam as suas palavras e riam-se dos profetas, a tal ponto que deixou de haver remédio, perante a indignação do Senhor contra o seu povo. Os caldeus incendiaram o templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém, lançaram fogo aos seus palácios e destruíram todos os objetos preciosos. O rei dos caldeus deportou para Babilónia todos os que tinham escapado ao fio da espada; e foram escravos deles e de seus filhos, até que se estabeleceu o reino dos persas. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias: «Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos». No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar, em todo o seu reino, [...] a seguinte proclamação: «Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da terra e Ele próprio me confiou o encargo de Lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. Quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
O Segundo Livro das Crónicas, no fragmento da primeira leitura, remete-nos para um dos acontecimentos mais dolorosos da história do povo bíblico: o exílio na Babilónia. Porque é que terá fracassado a Aliança?
O cronista narra a história com base nas infidelidades das lideranças e de todo o povo. O exílio é consequência dos pecados e, mais ainda, por não terem escutado os apelos proféticos. Apesar de lhes terem sido dadas consecutivas oportunidades, preferiam escarnecer dos mensageiros divinos e «desprezavam as suas palavras».
Ainda assim, também se dá a conhecer outra leitura existencial, esta bem mais adequada à maneira do ser divino: a misericórdia. O final do texto revela essa nova oportunidade, agora, talvez de modo inesperado, através de um rei pagão, Ciro, rei da Pérsia.
Deus propõe o caminho do bem; ama cada um e, da parte do ser humano, espera acolhimento e resposta positiva ao seu amor. Em qualquer caso, a misericórdia divina não está condicionada aos nossos comportamentos, bons ou maus. A misericórdia e o perdão de Deus jamais dependem da nossa conduta moral ou prática religiosa.
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Oremos a Deus, Pai de misericórdia, pois este é o tempo favorável, para acolher e oferecer o perdão de Deus. Deixemo-nos abrir à sua graça, dizendo: Abre o nosso coração à tua misericórdia!
> Pela Igreja: rejeite qualquer discurso ou atitude de condenação e saiba oferecer sempre o perdão. Nós te pedimos: [TODOS:] Abre o nosso coração à tua misericórdia!
> Pelos que governam: rejeitem palavras e gestos de ameaça e procurem caminhos de diálogo e de reconciliação. Nós te pedimos: [TODOS:] Abre o nosso coração à tua misericórdia!
> Pelos que se julgam sem pecado ou sem perdão: deixem-se olhar e tocar pelo amor redentor de Jesus Cristo. Nós te pedimos: [TODOS:] Abre o nosso coração à tua misericórdia!
> Pela nossa família: não seja lugar de violência, escândalo ou divisão, mas lugar do perdão, que recria, cura e consola. Nós te pedimos: [TODOS:] Abre o nosso coração à tua misericórdia!
> [acrescenta a tua intenção]. Nós te pedimos: [TODOS:] Abre o nosso coração à tua misericórdia!
Com o desejo de cumprir a vontade do Pai, rezamos-lhe como Jesus Cristo nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
— AMIGOS FORTES DE DEUS: Esta semana, podemos ser (ainda mais) ‘amigos fortes de Deus’ através de quatro exercícios de conversão: reconhecer as fragilidades; saborear a beleza da palavra de Deus; abrir-nos à misericórdia divina; viver mergulhados na alegria do amor.
— DIA DO PAI E ANO DA FAMÍLIA: A celebração do Dia do Pai, de São José e o início do «Ano especial dedicado à Família» pode ser uma oportunidade para fazer memória da ‘alegria do amor’, lembrar momentos e gestos de perdão e de reconciliação vividos em família.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Pai, nós te damos graças por estes alimentos e pelo perdão que de ti recebemos e oferecemos aos outros. O teu amor, entrelaçado no nosso amor mútuo, a todos nos sacie e revigore os nossos irmãos. Ámen.