Treinar o espanto
29 de Janeiro de 2021
Pai amado
30 de Janeiro de 2021LITURGIA FAMILIAR
Os extratos da Escritura oferecidos no Quarto Domingo (Ano B) podem ser resumidos nesta interpelação: «Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações». Estás disposto a ouvir a palavra divina? O teu coração está aberto ou fechado à voz do Senhor?
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Jesus Cristo entra na sinagoga, e ali ensina com a autoridade, que lhe vem da sua proximidade, da sua unidade, da sua coerência de vida! A sua palavra é eficaz e os gestos eloquentes. O Mestre é o que diz. Ele faz ao dizer. Ele fala ao fazer. Ele enfrenta e afronta o mal pela sua raiz. Jesus Cristo liberta-nos do pecado que nos divide. No fulgor da luz deste Deus Santo, reconheçamos as sombrias regiões dos nossos pecados, sobretudo os de incoerência e de desobediência à palavra de Deus.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
> Porque nem sempre fazemos o que dizemos, nem cumprimos o que mandamos: Senhor, misericórdia! TODOS: Senhor, misericórdia! [TODOS:] Senhor, misericórdia!
> Porque abusamos da nossa autoridade e impomos aos outros aquilo que não escolhemos para nós: Cristo, misericórdia! [TODOS:] Cristo, misericórdia!
> Porque nem sempre escutamos a voz do Senhor, na sua Palavra e na palavra daqueles que nos guiam no caminho da fé: Senhor, misericórdia! [TODOS:] Senhor, misericórdia!
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Marcos [capítulo 1, versículos 21 a 28]
Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
As palavras (doutrina) vão acompanhadas de atos coerentes. Esta é a ‘autoridade’ do Mestre. O encontro com Jesus Cristo, a escuta das suas palavras, a perceção dos seus gestos, todo o seu modo de ser e de estar produz surpresa e admiração. Espanto é o que acontece quando vês e ouves algo que te parece inacreditável, quando alguém rompe as barreiras do que se aceita como normal. Consta que foi o que aconteceu às pessoas diante de Jesus Cristo!
Hoje, coloca-se também diante de nós o desafio de nos deixarmos surpreender pela pessoa de Jesus Cristo. A primeira reação talvez seja a inveja daquela gente, da sorte que alguns tiveram por estar naquele lugar com Jesus Cristo. Não, não é sorte deles. O espanto também é possível hoje, também pode ser a nossa sorte. Quando nos abeiramos dos relatos evangélicos com desejo de conhecer Jesus Cristo, quando saboreamos cada uma das suas palavras e gestos.
O aprendiz de discípulo faz o que está ao seu alcance para se encontrar com Jesus Cristo, quer acompanhar o Mestre, decide ficar com o Mestre, seguir o Mestre. Aplica-se a treinar a arte do espanto. O cristão nasce da admiração por Jesus Cristo. O verdadeiro caminho de discipulado começa quando te deixas surpreender pela maneira de ser do Mestre. A verdade é que tudo começa com o espanto!
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Conscientes das nossas divisões e fraquezas, pedimos a Deus que venha em nosso auxílio e nos liberte do pecado, dizendo: Livra-nos de todo o mal!
> Pela Santa Igreja: para que a autoridade que recebe do alto se afirme na capacidade de descer e de se aproximar dos que estão no abismo da pobreza, da solidão e da tristeza, nós te pedimos: [TODOS:] Livra-nos de todo o mal!
> Pelos que governam: para que a sua autoridade política seja firmada pela coerência da palavra, nós te pedimos: [TODOS:] Livra-nos de todo o mal!
> Pelo nosso pároco, pelos leitores e catequistas, pelos pais e padrinhos e por quantos exercem o ministério profético: para que sejam testemunhas vivas da palavra que anunciam, nós te pedimos: [TODOS:] Livra-nos de todo o mal!
> Pela nossa família: para que a fé professada e celebrada seja vivida e testemunhada no meio do mundo, nós te pedimos: [TODOS:] Livra-nos de todo o mal!
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Livra-nos de todo o mal!
Na oração pomos tudo nas mãos de Deus, libertamo-nos do peso das preocupações. Como filhos amados ousamos rezar: [TODOS:] Pai nosso
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Vamos assumir uma rotina quotidiana para nos sentarmos, dispondo-nos a abrir o coração à palavra de Deus, através da leitura diária da Bíblia. É importante instituir o gosto de nos sentarmos (sozinhos, em casal, com os filhos, com os netos), para escutar a voz do Pai Celeste que, por meio das Escrituras, «vem amorosamente conversar com os seus filhos».
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Senhor, estás no meio de nós. Tu és o pão da nossa unidade e a luz acesa sobre a nossa mesa. Não permitas que as preocupações da vida e o sofrimento da pandemia nos desviem de Ti ou nos tornem surdos aos gritos dos que mais precisam de ajuda. Dá-nos a tua bênção de amor e paz, de esperança e alegria. Ámen.
