Advento, tempo de profecia e de esperança: anúncio do Salvador. Nada nem ninguém, mesmo a fragilidade e o pecado, nos pode retirar a fonte da esperança. A profecia chega à plenitude com a vinda do Salvador. Jesus Cristo oferece-nos o complemento da esperança: «digo-o a todos: Vigiai!».
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
GUIA: Iniciamos o tempo de Advento, tempo que nos leva a preparar a vinda do Deus Amor à nossa humanidade. Um tempo propício para assumir a atitude de vigilância. Pode ser oportunidade fecunda para esvaziar a vida de tudo o que é excessivo, com humildade e simplicidade, dando lugar primordial à missão da caridade. Atentos aos seus sinais, preparemo-nos para acolher Aquele que traz o Amor e a Paz.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
> Nós somos todos como um ser impuro. Não nos deixes à mercê dos nossos pecados. Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
> Esquecemo-nos de Ti, nos nossos caminhos. Cura a nossa rebeldia. Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
> Já não nos apoiamos em Ti. Mostra-nos o teu rosto e faz-nos voltar. Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
Leitura do Santo Evangelho segundo São Marcos [capítulo 13, versículos 33 a 37]
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento. Será como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, deu plenos poderes aos seus servos, atribuindo a cada um a sua tarefa, e mandou ao porteiro que vigiasse. Vigiai, portanto, visto que não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
Ao acender a primeira vela da Coroa do Advento, nós Te pedimos:
Jesus, ensina-nos a estar atentos [TODOS:] para acolhermos a tua vinda!
Saibamos vigiar como o porteiro [TODOS:] para acolhermos a tua vinda!
Não nos deixes adormecer [TODOS:] para acolhermos a tua vinda!
O Advento marca o ponto de encontro de um caminho bifurcado: o nosso itinerário até (ao nascimento de) Jesus Cristo e a vinda de Deus à nossa humanidade.
Ao iniciar este percurso, lembremos também a narrativa do profeta Isaías: «Vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor […]. Sois nosso Pai e nós o barro de que sois o Oleiro; somos todos obra das vossas mãos».
A imagem do oleiro e do barro remete para a necessidade de contínuo movimento: só assim é possível dar forma à ideia que o oleiro tem na sua mente e no seu coração. É assim o Advento: um movimento contínuo, uma vigilância ativa, para não ficarmos parados, mas permitirmos que as mãos de Deus continuem a realizar em nós a sua obra.
O que é que Deus tinha na mente e no coração quando moldou o meu ser? Acolhe este início de ano litúrgico como nova oportunidade para sintonizares com o propósito que Deus tem para ti, para cada um de nós.
Façamos ‘a viagem da vida’ em busca de sentido, à descoberta do propósito, ao encontro da missão que está desde sempre na mente e no coração do Oleiro. Hoje, continua a moldar o teu ser, de modo que te possas conformar à sua imagem, assumir a tua missão no mundo.
O Advento é um tempo, como diz Jesus no evangelho, para estar atentos, à cautela, e vigilantes, tempo para redefinir as nossas metas, não de acordo com a nossa vontade, mas segundo os desígnios de Deus.
Na expetativa da manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo, que há de vir, no final dos tempos, para entregar o Reino a Deus seu Pai, confiemos-Lhe as preces de todos os seus filhos, invocando: Vem, Senhor Jesus!
> Senhor, a Igreja quer tornar-se uma grande família, onde todos são de casa. Mas nem sempre sabemos acolher quem chega tarde ou vem de longe. Por isso, nós te pedimos: [TODOS:] Vem, Senhor Jesus.
> Senhor, a Terra que nos confiaste para cuidarmos com amor é a nossa Casa Comum. Mas nós criamos muros e fronteiras, onde muitos não encontram teto e trabalho. Por isso, nós te pedimos: [TODOS:] Vem, Senhor Jesus.
> Senhor, o risco de contágio da pandemia desafia-nos a ficar mais tempo em casa, a cuidarmos mais uns dos outros, a criarmos espaços de oração em família. Mas muitas vezes, isolamo-nos e perdemos o gosto pela fraternidade. Por isso, nós te pedimos: [TODOS:] Vem, Senhor Jesus.
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Vem, Senhor Jesus.
«Tu és nosso Pai; esse é o Teu nome desde sempre». Com confiança, rezemos a oração que Jesus Cristo nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso...
A família, a Igreja e o mundo ganham «quando cada pessoa, cada grupo, se sente verdadeiramente de casa» (Todos Irmãos [FT], 230). Porque o Natal também acontece dentro de cada casa, somos desafiados a colocar uma estrela, à janela ou à varanda, na porta ou no jardim da nossa casa. Ela aponta precisamente para o lugar no qual Jesus Cristo quer nascer, crescer e viver, até se tornar família connosco, um «de casa».
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
Abençoa-nos, ó Pai. Somos todos obra das tuas mãos. Esta refeição que vamos partilhar seja para nós sinal do amor que nos une. E nos ajude a permanecer vigilantes e atentos uns aos outros como irmãos. Ámen.