
Entre a paciência e a rebeldia
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O primado de Deus
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A fecundidade da palavra de Deus é comparada à fertilidade causada pela água da chuva e da neve: «não volta sem ter produzido o seu efeito [...], sem ter realizado a sua missão».
Deus é ativo e diligente semeador. Ele lança a semente da palavra nos nossos corações: «Saiu o semeador a semear». Como também os organiza com todos os cuidados: «preparais a terra; regais os seus sulcos e aplanais as leivas».
O resultado está do nosso lado: permitir que prepare o nosso coração para acolher a semente da palavra e fazer surgir muitos e bons frutos: «aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Esse dá fruto». Esta disponibilidade para ouvir e compreender a palavra confirma a nossa libertação, «a gloriosa liberdade dos filhos de Deus».
O primeiro passo para crescer na oração é perceber e permitir a presença e a ação de Deus em nós e no mundo. Parece tão fácil. E torna-se tão exigente.
Incomoda-nos não ser os protagonistas. Gostamos de controlar tudo, saber o que vai acontecer a seguir, medir todos os pormenores, decidir o rumo, ter o domínio sobre todas as coisas, até sobre a ação divina.
O melhor que podemos fazer é ser permeável à presença e ação de Deus. É dar a Deus autorização para nos amar. E estar desperto para reconhecer as ‘sementes’ lançadas no coração.
Uma oração autêntica é capaz de produzir frutos que nos tornam mais confiantes, mais humildes, mais amorosos, mais pacientes, mais filhos de Deus.