Traição ou desespero?
23 de Junho de 2020Acolhimento
26 de Junho de 2020DÉCIMO TERCEIRO DOMINGO, ANO A
Ao terminar o discurso da missão, Jesus Cristo lança sentenças exigentes: «Quem ama o pai ou a mãe /o filho ou a filha /mais do que a Mim, não é digno de Mim».
A dinâmica da amizade com o Mestre orienta-se pelo critério do perder para ganhar: «Quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la». Ele é o modelo: deu a vida, por amor, para a nossa salvação. À sua imagem, posso estar presente na vida dos outros como «um santo homem de Deus».
Em linguagem batismal, é mergulhar com Jesus Cristo na morte e emergir com ele para uma vida nova: «Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos».
Quem reconhece essa força da amizade divina sente-se agradecido: «Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor». E deseja ser seu amigo.
Jesus Cristo apresenta-nos alguns tópicos para avaliar a nossa fé, a nossa amizade com ele: amá-lo mais do que tudo e todos; tomar a cruz para o seguir; praticar o acolhimento.
A hospitalidade é marca indelével da identidade do crente. «O ‘ato gratuito’ é um gesto que nos salva. Sabemos isso tão bem na vivência da amizade! O gratuito subtrai-nos à ditadura das finalidades que acabam por desviar-nos de um viver autêntico. A gratuidade é um viver mergulhado no ser. [...] Jesus é o Mestre do gratuito!» (José Tolentino Mendonça).
Acolher os outros e cuidar deles é uma prova visível da nossa amizade com Deus, que não ficará sem recompensa. O cuidado para com os mais ‘pequeninos’ há de ser o critério decisivo na prova final!