Atenção plena
2 de Janeiro de 2021Construir laços como irmãos
9 de Janeiro de 2021A integração, a criatividade e a generatividade são dinamismos fundamentais, na hora de avaliar as comunidades a propósito dos desafios pastorais provocados pela pandemia. Este é o tempo para «provocar uma mudança de mentalidade» e «reviravolta cultural» liderada por homens e mulheres «sábios e santos dentro de todas as áreas do saber e do agir, criativos da palavra e do amor».
PANDEMIA
A integração, a criatividade e a generatividade são dinamismos fundamentais, na hora de avaliar as comunidades a propósito dos desafios pastorais provocados pela pandemia.
«O campo da missão alargou-se, requer pessoas com paixão comunitária e estilo missionário, comunidades vivas e unidas, capazes de acolher, integrar e voltar a convencer da riqueza da vida em comum: todos juntos», proclamam os bispos portugueses, no número 25 da reflexão sobre os «desafios pastorais da pandemia à Igreja em Portugal».
O documento, que foi divulgado no primeiro dia do novo ano (embora datado de 13 de novembro), sob a perspetiva da proximidade e do acompanhamento aos mais vulneráveis, sugere um exame de consciência pastoral: «Somos um ‘hospital de campanha’, pronto a estar entre os feridos desta e de outras guerras? Somos a ‘casa do Bom Samaritano’, com espaço para os abandonados nas estradas da vida?» (número 14).
A cultura da proximidade, de modo organizado e proativo, movida pelo «fogo da caridade» (número 12), há de ser também um dos atributos de todas as comunidades católicas portuguesas.
Ao evocar diversas formas de solidão, os bispos reconhecem que «mostrámos não ter capacidade de resposta» (número 10), pelo que é urgente desafio pastoral saber acompanhar, com competência, quem «está nos momentos mais exigentes e decisivos da vida» (número 9).
Este é o tempo para «provocar uma mudança de mentalidade» e «reviravolta cultural» liderada por homens e mulheres «sábios e santos dentro de todas as áreas do saber e do agir, criativos da palavra e do amor» (número 8).
O ambiente familiar pode gerar «outro modo de ser Igreja», que seja capaz de conjugar a liturgia e a oração comunitárias com a vida quotidiana, de modo que «toda a vida se torne oração» e a oração também se torne vida (número 15). Um dos contributos do Laboratório da fé, desde o primeiro estado de emergência e confinamento obrigatório, aquando do encerramento dos templos, é a proposta dominical de ‘liturgia familiar’.
Inspira-se uma renovação eclesial que passe de uma «pastoral familiar de eventos para uma pastoral de processos» (número 18).