Proximidade como resistência
23 de Fevereiro de 2021A provação
26 de Fevereiro de 2021SEGUNDO DOMINGO DA QUARESMA, ANO B
Até onde pode ir o amor? Em geral, a questão não se coloca porque o amor autêntico não tem limites: «Amar é tudo dar», dizia Santa Teresinha.
Sim, Deus «está por nós», dá-nos «todas as coisas». E nós louvamo-l’O, invocamos o seu nome: «Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor, invocando, Senhor, o vosso nome».
Será errado aceitar certos sacrifícios para demonstrar o amor?! Abraão conheceu essa provação; e não a recusou. Assumiu confiar mais em Deus, do que desejar o dom: «obedeceste à minha voz». Assim se confirma e renova a aliança.
A Quaresma coloca-nos na ‘escola’ de Abraão: a escola da fé e da confiança. A Palavra do Pai é-nos dada para consolidar a nossa esperança. Agora, Deus fala-nos através de Jesus Cristo, seu «Filho muito amado». Escutemo-lo!
Uma renúncia, um ‘sacrifício’, é sempre uma provação, ostenta uma ferida. Aliás, se o amor não custa, se não trazes contigo as cicatrizes, é porque ainda não o experimentaste em pleno. Tem de ser assim?! Apenas te sei dizer que as provações nos fazem crescer e amadurecer. Não só na Quaresma!
Tu podes passar por este episódio e ficar bloqueado com a crueldade de tal pedido: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas...». Experimenta substituir o nome de Isaac por Jesus Cristo. Ele é o Filho a quem o Pai tanto ama. Ele dá a vida por ti e por mim. Depois, repete a leitura e pensa em ti, nas tuas provações; e no infinito amor de Deus.