Uma ‘nova família’
14 de Julho de 2020Invocar o Espírito Santo
17 de Julho de 2020DÉCIMO SEXTO DOMINGO, ANO A
Os textos bíblicos esboçam os traços do retrato divino: «bondoso e compassivo, paciente e cheio de misericórdia e fidelidade»; «vê no íntimo dos corações»; tem «cuidado de todas as coisas». Jesus Cristo, através de parábolas, expande essas características.
A frase repetida, no início de cada parábola, poderia também ser proposta deste modo explícito: ‘A maneira de ser e de agir de Deus pode comparar-se’... ao semeador paciente, à grandeza escondida no grão de mostarda, às capacidades do fermento.Para vencer as nossas impaciências e fragilidades e podermos figurar entre «os filhos do reino», deixemos que converta o nosso coração. «O Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações». O seu impacto é, em simultâneo, portentoso e silencioso.
A petição é a mais habitual e espontânea forma de rezar, quando estamos nos primeiros degraus da vida espiritual. Dizemos a Deus o que pode ou tem de fazer em nosso favor ou em benefício de outrem.
É legítimo interceder pelas necessidades que nos parecem mais urgentes, as que facilmente somos capazes de percecionar. Há, contudo, o perigo de ficarmos encurralados nas nossas fragilidades. Esquecemos aqueloutra proposta de Jesus Cristo: «seja feita a vossa vontade».
Razão tem Paulo para nos lembrar que «não sabemos o que pedir». Ao invocar o auxílio do Espírito Santo, o nosso coração alarga-se à medida do coração de Deus. E a semente começa a germinar, o fermento começa a levedar.