Nova mentalidade solidária
19 de Outubro de 2019Rede de paróquias criativas
26 de Outubro de 2019Recomeçar, todas as vezes que for preciso, há de criar em nós uma motivação que, se não facilitar, pelo menos é mais compensadora: ficamos contentes pela nossa capacidade em insistir, em recomeçar; ficamos entusiasmados pela nossa resistência ao desânimo.
PERSEVERANÇA
A partilha de objetivos com outras pessoas produz eficácia na motivação, pois, mais tarde ou mais cedo, teremos vergonha de repetir, diante delas, sempre os mesmos erros. Em comunidade, podemos usar essa estratégia: definir e partilhar objetivos concretos que motivem à perseverança.
O nosso empenho está em proporção direta com a hierarquia dos reais interesses: o que nos interessa tem mais sucesso, porque é superior o nosso empenho. Algumas das iniciativas que empreendemos nas paróquias perdem fulgor porque, no fundo, não nos interessam grande coisa.
Há momentos em que nos entusiasmamos de tal maneira que nos dispomos a fazer tudo: «a partir de agora, vou falar menos e escutar mais»; «prometo dedicar uns minutos a fazer, diariamente, o exame de consciência»; «destinarei um tempo do dia para ler um bom livro»; «quando foi a última vez que pedi perdão?!».
Nos grupos e nas comunidades, também os inícios são quase sempre marcados pelo entusiasmo: vamos fazer isto e aquilo; depois aqueloutro; e ainda mais aquela atividade... Mas continuar (com o entusiasmo inicial) é muito mais duro.
Um método eficaz é convencermo-nos de que, com tanto insistir, haverá de chegar o momento em que nos custe menos manter a perseverança. Recomeçar, todas as vezes que for preciso, há de criar em nós uma motivação que, se não facilitar, pelo menos é mais compensadora: ficamos contentes pela nossa capacidade em insistir, em recomeçar; ficamos entusiasmados pela nossa resistência ao desânimo.
A perseverança é «uma espécie de laboratório experimental da esperança», pois não se trata «apenas de cultivar uma aspiração, mas de concretizar, de forma consequente, um objetivo». A perseverança é «manter firme a orientação porque se tem diante dos olhos uma meta a alcançar» (Dom José Tolentino Mendonça).
Mais do que ações é importante insistir nas motivações. E nada de definir objetivos inatingíveis. Uma ambição sadia, sim! Capazes de reconhecer os nossos pequenos progressos. Porque o ‘muito’ é feito de um conjunto de ‘poucos’. Pouco a pouco, chega-se ao muito. Esta é uma metodologia apropriada para a Renovação Inadiável.