Somos todos irmãs e irmãos
13 de Outubro de 2020Coração que vê e atua
16 de Outubro de 2020VIGÉSIMO NONO DOMINGO, ANO A
A história está nas mãos de Deus. Interpretada à luz da fé, a nossa história pessoal e coletiva recebe o seu verdadeiro significado. Qualquer acontecimento pode ser oportunidade para reconhecer a presença e ação de Deus: «Eu sou o Senhor e não há outro; fora de Mim não há Deus».
As coisas que têm a imagem e inscrição de César pertencem a César. «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Ora, o ser humano contém a imagem e a inscrição divina: pertencemos a Deus. Só ele «é grande e digno de louvor». Só Deus merece o nosso cântico de ação de graças e a dedicação da nossa vida.
Guiados pelo Espírito Santo, tendes a missão de realizar «obras poderosas» que manifestem «a atividade da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança».
A caridade é o sinal mais eloquente da nossa ‘imagem’ e ‘inscrição’ divina. Para nós, não é mera filantropia ou assistencialismo, ter um bom coração. É o nosso vínculo ao amor divino que nos impele, até exige, a realizar todas as obras de misericórdia. Por isso, podemos dizer que todos os nossos atos de bondade são a nossa melhor resposta diante da revelação do amor de Deus.
O testemunho da nossa fé, a manifestação ativa da nossa adesão a Jesus Cristo, torna-se visível no ‘esforço’ da nossa caridade. O amor é o rosto da nossa fé e o sustento da nossa esperança.
O nosso programa de vida só pode ser este: um coração que «vê onde há necessidade de amor, e atua em consequência» (Bento XVI).