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27 de Julho de 2021Banquete celestial
30 de Julho de 2021DÉCIMO OITAVO DOMINGO, ANO B
O alimento serve para colocar a questão de fundo sobre a confiança em Deus. No deserto, quando têm fome, os filhos de Israel esquecem-se de que foram libertados do Egito e perdem a confiança: «a comunidade dos filhos de Israel começou a murmurar no deserto».
Em Cafarnaum, Jesus Cristo convida a multidão a repensar o caminho da fé, a fazer memória daquilo que «os nossos pais nos contaram» e a reconhecer «o verdadeiro pão do Céu». E apresenta-se a si próprio como «o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
Para comer e viver desse pão é preciso acreditar em Jesus Cristo, o enviado do Pai, abandonar o «homem velho» e deixar-se renovar «pela transformação espiritual», revestir-se do «homem novo».
A eucaristia é memória do passado e atualização presente do mistério pascal, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. A eucaristia é também evocação do futuro, abertura à eternidade. Antecipa o banquete celestial.
Somos peregrinos a caminho da casa do Pai que vem ao nosso encontro. O compromisso dos peregrinos é chegar à meta, não ficar entretidos pelo caminho ou muito menos, perdidos, desviarem-se do itinerário.
A participação na eucaristia infunde em nós o desejo da vida eterna, agora pela transformação espiritual, de modo a ver o ‘rosto’ de Deus. Não vamos à eucaristia para oferecer algo a Deus. Vamos à eucaristia, como famintos, para sermos saciados. É Jesus Cristo quem o promete: «nunca mais terá fome... nunca mais terá sede».