Não haja divisões entre vós

TERCEIRO DOMINGO, ANO A

João Batista está preso: a sua missão chegou ao fim. Começa a missão de Jesus Cristo, que, no Batismo, foi investido pelo Pai e pelo Espírito Santo.

Agora, vai realizar o que já fora anunciado na noite de Natal: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz». Para isso, chama Pedro, André, Tiago e João: «Vinde e segui-me». E porque a vocação é para a missão, com eles «começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças».

Hoje, o cristão acolhe a mesma missão. Através da sua maneira de viver, a Palavra de Deus há de ser reconhecida como «luz e salvação». Por isso, Paulo exorta a permanecer unidos no pensar e agir: «não haja divisões entre vós»! O contrário é um contratestemunho da Palavra de Deus.

Este é o tempo da nossa missão, tempo aberto ao chamamento para anunciar o Evangelho.

O Papa estabeleceu que este domingo «seja dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus». Ela «une os crentes e faz deles um só povo», faz passar «da dispersão e divisão à unidade». Essa é a sua ‘doçura’. Não podemos, porém, ignorar a ‘amargura’ ao «verificar como se torna difícil para nós termos de a viver com coerência [...]. Por isso, é necessário que nunca nos abeiremos da Palavra de Deus por mero hábito, mas nos alimentemos dela para descobrir e viver em profundidade a nossa relação com Deus e com os irmãos».

As divisões emergem quando a vida não está apoiada na Palavra de Deus!