Traição
19 de Junho de 2020Décimo Segundo Domingo, Ano A
20 de Junho de 2020Os cristãos, discípulos missionários, somos convidados a aprender com o Mestre a desenvolver um coração manso e humilde. O Coração de Jesus é a expressão da misericórdia, um sinal do grande amor de Deus a cada ser humano. Um amor tanto mais intenso, quanto mais está a pessoa necessitada de amor.
MISERICÓRDIA
O Sagrado Coração de Jesus, disse o Papa Francisco, é «a máxima expressão humana do amor divino». É um símbolo real, não imaginário, da misericórdia.
A misericórdia, continua o Papa, não é um sentimento, «é uma força que dá vida». Por isso, Jesus Cristo ama, com todo o coração, os pobres, os famintos, os mansos, os misericordiosos, os construtores da paz. Onde quer que se encontrem as bem-aventuranças, aí está o Coração de Jesus.
Da nossa parte, quando vamos ao encontro e acolhemos aquelas pessoas tocadas pelas bem-aventuranças, ou melhor, quando procuramos ser uma dessas pessoas, então é certo que estamos em sintonia com o coração divino.
Ao contrário, o Coração de Jesus não está naquelas pessoas cujas atitudes são incompatíveis com as bem-aventuranças, como as que promovem a guerra, os conflitos, os ódios, as inimizades, a violência, a exploração. Ele está em todas as vítimas, as que são odiadas e perseguidas, as exploradas e maltratadas, as marginalizadas.
Recordemos as palavras de Jesus Cristo: «aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração» (Mateus 11, 29). Os cristãos, discípulos missionários, somos convidados a aprender com o Mestre a desenvolver um coração manso e humilde.
Manso é o pacífico, não violento, como o Mestre que, ao ser injuriado, não respondia com insultos.
Humilde é o que se faz ‘pequenino’ e não se considera superior aos outros. Como o Mestre que não se vangloriou da sua natureza divina, mas rebaixou-se, para se tornar em tudo igual a nós (exceto no pecado).
O Coração de Jesus é a expressão da misericórdia, um sinal do grande amor de Deus a cada ser humano. Um amor tanto mais intenso, quanto mais está a pessoa necessitada de amor.
Em boa verdade, Deus ama a todos por igual, pelo que não se pode dizer que tem mais amor por uns do que por outros. O que acontece é que, em alguns momentos, a necessidade de nos sentirmos amados torna-se mais perentória e urgente. Só neste sentido é que dizemos que ama mais os pobres e os doentes, por exemplo, na medida em que são os mais necessitados do amor.
Somos chamados, como o Coração de Jesus, a ser sinal e testemunhas da misericórdia.