A morte, sem ambiguidade
10 de Novembro de 2020A luz da eternidade
13 de Novembro de 2020TRIGÉSIMO TERCEIRO DOMINGO, ANO A
O alerta do Trigésimo Terceiro Domingo (Ano A) não é para nos meter medo ou afligir perante qualquer possível acontecimento inesperado e trágico. É para nos despertar à vigilância ativa e responsável dos ‘talentos’ confiados a cada um, «conforme a capacidade de cada qual».
Esta é a fidelidade própria de quem «segue o caminho do Senhor». Os que assim procedem não andam nas trevas e contam-se entre os ditosos «filhos da luz e filhos do dia».
Hoje, o que realmente está em causa não é a quantidade, mas a diferença entre a preguiça e a determinação em fazer render os ‘talentos’. A virtude vence a preguiça e a tentação egoísta com a diligência e a prática solícita da caridade: «Põe mãos ao trabalho alegremente [...]. Abre as mãos ao pobre e estende os braços ao indigente».
A luz da eternidade começa aqui e agora, em especial na relação com os outros. Em vez de olhar para os ‘talentos’ como capacidades ou dons, pensa neles como as pessoas de quem tens de cuidar, sem esquecer os mais pobres e frágeis. São eles que ditarão o ‘sucesso’ ou o ‘fracasso’ da tua existência terrena.
Queres ressuscitar para a vida eterna? Decide o que vais fazer para eliminar, ou pelo menos aliviar, a dor dos irmãos. Mãos à obra!
«Estender a mão leva a descobrir, antes de tudo a quem o faz, que dentro de nós existe a capacidade de realizar gestos que dão sentido à vida. [...] Estender a mão é um sinal: um sinal que apela imediatamente à proximidade, à solidariedade, ao amor» (Papa Francisco).