Pai amado
30 de Janeiro de 2021Começou a orar
4 de Fevereiro de 2021O testemunho fiel de tantos homens e mulheres, que consagram a vida a Jesus Cristo e ao Evangelho, é, como sempre o foi, uma vitória sobre o medo e a indecisão; para os próprios consagrados, é «razão forte» para serem felizes.
CONSAGRADOS
A dois de fevereiro, pela vigésima quinta vez (a primeira foi em 1997), é assinalado, em toda a Igreja Católica, o Dia da Vida Consagrada ou Dia dos Consagrados.
João Paulo II, na primeira mensagem, elencou três objetivos: agradecer a Deus o dom da vida consagrada; promover o conhecimento e a estima pela vida consagrada, por parte de todo o povo de Deus; convidar as pessoas consagradas a renovar os propósitos e reavivar os sentimentos, que devem inspirar a sua doação ao Senhor.
A Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) escolheu, como temática deste ano, a fidelidade e a felicidade: somos convidados a rezar por todas as pessoas consagradas, «para que sejam fiéis e felizes». O título exprime-se em forma de pergunta: «Consagrados: fiéis e felizes?».
A fidelidade, escreveu Dom António Augusto de Oliveira Azevedo, presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, não rima com «imobilismo ou cristalização», nem se resigna ao «conformismo ou ao desânimo».
A «cultura do provisório», tão presente nos nossos dias, desvaloriza a fidelidade, o que causa insegurança e insatisfação, gera «pessoas com medo de tomar decisões e outras ainda com as marcas da frustração ou as feridas do fracasso».
O testemunho fiel de tantos homens e mulheres, que consagram a vida a Jesus Cristo e ao Evangelho, é, como sempre o foi, uma vitória sobre o medo e a indecisão; para os próprios consagrados, é «razão forte» para serem felizes.
A fidelidade e a felicidade, também na vida das pessoas consagradas e das comunidades, estão indissociavelmente ligadas ao amor fraterno, vivido em dupla dimensão (interna e externa).
As comunidades, em primeiro lugar, são chamadas a ser lugar de fraternidade, serviço mútuo, entreajuda, diálogo intergeracional, alegria pela partilha da fé e de todos os demais bens. O mundo precisa de comunidades «orantes, acolhedoras, alegres», o que só acontece, diz o prelado, quando «vivem unidas em autêntica fraternidade».
As comunidades consagradas apontam aos seus membros a perspetiva universal do amor. Para que a fraternidade não seja «proclamação bonita» ou «ideal utópico e vazio», todos se envolvem no sonho de uma humanidade mais fraterna.