Ficamos a ganhar

O evangelista João usa o termo ‘Paráclito’: consola e conforta, encoraja e reanima, advoga e intercede em nosso favor como defensor. O Espírito Santo torna Jesus Cristo presente. Uma presença diferente, mais discreta, mas não menos real. É graças ao Paráclito que o Ressuscitado continua connosco todos os dias até ao fim dos tempos. Com o envio e a presença do Espírito Santo, todos ficamos a ganhar!

ESPÍRITO SANTO

Uma expressão proferida por Jesus Cristo faz pensar: «É do vosso interesse que Eu vá» (João 16, 7). Diz aos discípulos que com a sua partida obtêm um lucro: o envio e a presença permanente do Espírito Santo, o Paráclito.

A expressão é acompanhada por uma advertência: vou, mas vós não podeis ficar tristes. «Se eu não for o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, eu vo-lo enviarei». Então, o envio do Espírito Santo é o nosso ganho e a nossa alegria.

O evangelista João usa o termo ‘Paráclito’: consola e conforta, encoraja e reanima, advoga e intercede em nosso favor como defensor.

O Espírito Santo torna Jesus Cristo presente. Uma presença diferente, mais discreta, mas não menos real. É graças ao Paráclito que o Ressuscitado continua connosco todos os dias até ao fim dos tempos, conforme a promessa, nas últimas palavras do evangelho segundo Mateus (28, 20).

Antes, a presença estava limitada a um tempo e a um espaço determinados. Agora, deixa de estar limitado, nem pelo tempo nem pelo lugar. A sua presença é universal e permanente.

Por outro lado, o Espírito Santo torna-nos adultos, maiores de idade. Faz-nos assumir as nossas responsabilidades. Já não podemos recorrer ao Mestre para nos oferecer soluções feitas. Somos nós a procurá-las, seguindo os impulsos do Espírito Santo e recordando os exemplos do Mestre.

Finalmente, o Espírito Santo muda a nossa mentalidade, cura o nosso coração e renova a nossa vida. Graças a ele, podemos amar com o coração como o de Jesus Cristo e cumprir a vontade do Pai.

O Espírito Santo produz em nós um novo nascimento: pensar e amar de modo novo, diferente, equivalente nas nossas vidas à forma de amar e de agir da divindade: os que se deixam guiar pelo Espírito Santo são filhos de Deus.

O Paráclito não nos baralha, não falsifica a nossa personalidade, renova-a, cura-a e purifica-a: já não penso que roubar seja algo bom; sei que é mau e, porque é mau, não há nada que me leve a roubar; já não amo com egoísmo, porque o meu coração fica aberto ao universal, sem exclusões nem discriminações; já não atuo à procura do meu próprio interesse, mas do interesse dos outros, ao serviço dos irmãos. Com o envio e a presença do Espírito Santo, todos ficamos a ganhar!