Testemunhas da Páscoa
6 de Abril de 2021Tomé
9 de Abril de 2021SEGUNDO DOMINGO DE PÁSCOA, ANO B
O Segundo Domingo de Páscoa, Oitava da Páscoa e Domingo da Divina Misericórdia, é também o dia da alegria da fé. Jesus Cristo declara: «Felizes os que acreditam sem terem visto»; felizes os que colocam plena confiança em Deus, pois «é eterna a sua misericórdia». E quem acredita que Jesus Cristo é o Filho de Deus «vence o mundo» com a prática coerente do amor.
Os cristãos, vivificados «pela água e pelo sangue», dito por outras palavras, pelos sacramentos do Batismo e da Eucaristia, constituem a Igreja de Jesus Cristo. Somos chamados a viver em comunhão e a testemunhar a caridade, distribuindo «a cada um conforme a sua necessidade». O amor e a misericórdia, amar e misericordiar, são sinónimos. Eis o brilho da fé testemunhada com alegria!
Tomé converte a descrença numa profunda confissão de fé: «Meu Senhor e meu Deus!». Ele havia dito que precisava de ver e de tocar... Não sabemos se Tomé tocou nas chagas do Crucificado. Sabemos, isso sim, que foi tocado no encontro com o Ressuscitado. É dessa experiência pascal que nasce a fé.
Hoje, reconhecemos que «’ser crente’ não significa tirar de nós o fardo das perguntas cruciais para sempre. [...] A força da fé não consiste numa ‘convicção inabalável’, mas na capacidade de suportar as dúvidas, as incertezas, o peso do mistério e, mesmo assim, permanecer na fidelidade e na esperança» (Tomáš Halík).
Talvez tenhamos de reconhecer que só se avança no caminho da fé quando se assumem as dúvidas e as feridas que se manifestam na nossa humanidade.