A vida eterna
10 de Junho de 2020Testemunhas
12 de Junho de 2020DÉCIMO PRIMEIRO DOMINGO, ANO A
O Décimo Primeiro Domingo faz ressoar, em nós, as solenidades da Santíssima Trindade e do Corpo e Sangue de Cristo. É uma espécie de ‘resposta’ ao amor trinitário: «nós somos o povo de Deus».
No batismo, somos ungidos com o óleo do Crisma, para sermos «reunidos ao seu povo» e permanecermos «eternamente, membros de Cristo, sacerdote, profeta e rei».
Esta pertença, porém, desafia-nos à ação e à missão. Antes de mais, faz memória da ação divina: «vistes... como vos transportei sobre asas de águia e vos trouxe até Mim».
Depois, faz-nos tomar consciência da nossa fragilidade e reconhecer que, em Jesus Cristo, «Deus prova assim o seu amor para connosco». Então, chamados pelo próprio nome, sairemos em missão, para proclamar e testemunhar «que está perto o reino dos Céus».
«Viver sem amigos, é morrer sem testemunhas», diz o provérbio. Quem experimenta a amizade com Deus, torna-se sua testemunha. Aqui, mais do que as palavras, valem as obras. Não admira que, no evangelho, a proximidade do reino dos Céus seja expressa pela cura dos enfermos, a ressurreição dos mortos, a expulsão dos demónios, a dádiva gratuita.
«Os discípulos podem ser investidos como testemunhas, porque viveram uma história de amizade de que se tornam portadores» (José Tolentino Mendonça). Agora, é a nossa vez: somos enviados a testemunhar a amizade, a conduzir os amigos até ao Amigo.
Podemos não ter mais nada para dar, mas podemos dar tudo com a nossa presença e amizade.