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11 de Setembro de 2020Vigésimo Quarto Domingo, Ano A
12 de Setembro de 2020Aos cristãos, o Papa lembra que «a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia» (LS 216). É hora de implementar uma espiritualidade ecológica, de modo que possa emergir, no respeito e cuidado pela Casa Comum, «todas as consequências do encontro com Jesus».
CASA COMUM
Uma série de atitudes humanas e cristãs, que cada um de nós tem condições de adoptar, contribuem para a urgente conversão ecológica em harmonia com a nossa Casa Comum.
Antes de tudo, um grito de esperança: «as nossas lutas e a nossa preocupação por este planeta não nos tirem a alegria da esperança», proclama o Papa Francisco na Carta Encíclica sobre o cuidado da Casa Comum ([LS] 244).
O Papa confia no ser humano e na nossa capacidade de regeneração e conversão: «Não há sistemas que anulem, por completo, a abertura ao bem, à verdade e à beleza, nem a capacidade de reagir que Deus continua a animar no mais fundo dos nossos corações» (LS 205).
Os graves desafios atuais e a inoperância daqueles que deveriam ser os primeiros a lançar iniciativas e a promover soluções, não nos podem deixar levar pela passividade e pelo desânimo.
Urge implementar, na família e na paróquia, na escola e na catequese, uma educação ecológica que, com audácia e generosa criatividade, a todos faça ver mais claramente a nossa responsabilidade como consumidores.
«É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias, e é maravilhoso que a educação seja capaz de motivar para elas até dar forma a um estilo de vida».
Alguns exemplos: «evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias…» (LS 211).
Aos cristãos, o Papa lembra que «a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia» (LS 216).
É hora de implementar uma espiritualidade ecológica, de modo que possa emergir, no respeito e cuidado pela Casa Comum, «todas as consequências do encontro com Jesus».
Esclarece o Papa: «Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspeto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa» (LS 217).