Pai com entranhas maternas
14 de Setembro de 2019Confiar no Deus da salvação
21 de Setembro de 2019«Se nos próximos anos não se promover nas nossas paróquias e comunidades um clima de conversão humilde e alegre a Jesus Cristo, facilmente veremos como a fé se extinguirá aos poucos entre nós e como o nosso cristianismo multissecular se diluirá em formas religiosas cada vez mais decadentes e sectárias, e cada vez mais afastadas do movimento de seguidores inspirado e desejado por Jesus».
SER CRISTÃO
A Igreja, pela voz avalizada dos últimos papas, tem alertado para a decisiva importância de promover a centralidade da experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo. Nesse ‘encontro’ está o ponto de partida do ser cristão.
«No início do novo milénio», João Paulo II lembrou que «não nos move a esperança ingénua de que possa haver uma fórmula mágica para os grandes desafios do nosso tempo; não será uma fórmula a salvar-nos, mas uma Pessoa, e a certeza que Ela nos infunde: Eu estarei convosco!» (Carta Apostólica no termo do Grande Jubileu do Ano 2000, [NMI] 29).
Bento XVI, ao refletir sobre «Deus é amor», escreveu: «ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo» (Carta Encíclica sobre o amor cristão, [DCE] 1). Esta Pessoa é Jesus Cristo!
O Papa Francisco trouxe consigo o convite «para uma nova etapa evangelizadora» marcada pela «alegria do Evangelho» que «enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus» (Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, [EG] 1).
A urgência em indicar caminhos novos é também reforçada por muitas outras vozes. Entre elas, situa-se o empenho do teólogo espanhol José Antonio Pagola: «Se nos próximos anos não se promover nas nossas paróquias e comunidades um clima de conversão humilde e alegre a Jesus Cristo, facilmente veremos como a fé se extinguirá aos poucos entre nós e como o nosso cristianismo multissecular se diluirá em formas religiosas cada vez mais decadentes e sectárias, e cada vez mais afastadas do movimento de seguidores inspirado e desejado por Jesus» (Voltar a Jesus).
Um convite direto e incisivo brota do coração do Papa Francisco: «Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar» (EG 3).
A missão da Igreja é semear esperança, criar condições que tornem possível o encontro pessoal com Jesus Cristo.