A Bíblia, carta de amor
13 de Janeiro de 2024Atenção à Palavra
27 de Janeiro de 2024TERCEIRO DOMINGO DE ADVENTO, ANO B
Este é o Domingo da Palavra de Deus. Uma palavra que nos faz mergulhar na dinâmica da conversão. Aqui e agora, sintamo-nos motivados para celebrar e anunciar com a nossa vida que Deus continua presente com o seu amor, com a sua misericórdia.
“Acreditaram em Deus”
Acreditar em Deus ou acreditar no Evangelho é o apelo deste Terceiro Domingo (Ano B). Para que seja verdade, é preciso acolher o chamamento, aceitar que Deus nos pede para orientar a vida de um modo diferente. Isto é o que chamamos de conversão, virar a mente e o coração para outra direção. Sem queixas e sem remorsos. Dispostos a perder alguma coisa, livres e leves, para seguir um caminho novo.
Com a ajuda de Jonas, os habitantes de Nínive «acreditaram em Deus». Com a ajuda de Jesus Cristo, podemos acreditar no Evangelho. Não é uma humilhação ou um castigo, é uma ocasião medicinal, que cura e salva, quando assumimos o compromisso de fé responsável e madura. É certo que não nos assegura uma vida tranquila, livre de esforços, incertezas e provações; mas faz-nos mais felizes.
A conversão é como «o movimento do girassol, a forma como ele se vira para o sol, para a luz. Virai-vos para a luz, porque a luz já está aqui. […] Acreditar no Evangelho é um pequeno ato que posso fazer todas as manhãs, ao despertar. Acreditar numa boa notícia, acreditar que Deus está mais próximo hoje do que ontem, que está atuante no mundo, que o está a transformar. Recordar isto. E construir o meu dia, não mantendo os olhos baixos, fixos nos problemas de cada dia, mas erguendo-os para a luz, para o Senhor que me diz: Eu estou contigo, já não te deixo, quero-te bem» (Ermes Ronchi).
Domingo da Palavra de Deus
Hoje, vivemos uma ocasião especial de conversão: é o Domingo da Palavra de Deus. Uma iniciativa do Papa Francisco, que nos lembra a centralidade da palavra divina. Mais do que um mero conjunto de letras e palavras, é um diálogo vivo, um encontro íntimo com o Criador, que nos fala ao coração, como a amigos.
Ao ler os textos bíblicos abro as portas do meu íntimo e rezo como o salmista: «Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos». Deixo ecoar o desejo de conversão, permito que Deus entre em diálogo comigo, para iluminar os recantos mais escuros das minhas dúvidas e temores, para confirmar as escolhas acertadas do meu dia a dia.
Este dia seja um novo começo para todos nós. Não como um dever, mas como um encontro pessoal e transformador com «a Bíblia, carta de amor». Nesta ‘série’, recebemos o convite a mergulhar nas riquezas da Bíblia, a fim de (re)descobrir a história de homens e mulheres que se deixaram encontrar por Deus, dispostos a consentir que a palavra divina configure as nossas decisões e ações.
«A Palavra, quando penetra em nós, transforma o coração e a mente […]. Podemos perguntar-nos: A minha vida, que direção toma; donde tira a orientação? Das numerosas palavras que escuto, das ideologias ou da Palavra de Deus que me guia e purifica? E em mim, quais são os aspetos que exigem mudança e conversão?» (Papa Francisco).