O mandamento
5 de Março de 2021Terceiro Domingo da Quaresma, Ano B
6 de Março de 2021As feridas profundas que marcam esta mudança de época precisam que façamos deste o tempo da misericórdia: as doenças sociais causadas pela pobreza e pela exclusão social, bem como todas as formas de escravidão; o relativismo; a perda do sentido do pecado; o considerar o mal e o pecado como incuráveis, algo que não pode ser curado e perdoado. Precisamos, portanto, da «experiência concreta da misericórdia».
MISERICÓRDIA
O Papa Francisco, através da Rede Mundial de Oração do Papa (antes conhecida como Apostolado da Oração), na intenção deste mês de março, propõe uma «profundidade renovada» na vivência do Sacramento da Reconciliação, de modo a «saborear a infinita misericórdia de Deus».
A misericórdia é o ‘bilhete de identidade’ divino: O nome de Deus é misericórdia, expressão que deu título à conversa entre o Papa Francisco e o italiano Andrea Tornielli (em Portugal, está publicada em livro pelo Grupo Planeta).
As feridas profundas que marcam esta mudança de época precisam que façamos deste o tempo da misericórdia: as doenças sociais causadas pela pobreza e pela exclusão social, bem como todas as formas de escravidão; o relativismo; a perda do sentido do pecado; o considerar o mal e o pecado como incuráveis, algo que não pode ser curado e perdoado. Precisamos, portanto, da «experiência concreta da misericórdia».
São quatro os desafios que nos chegam através da Rede Mundial de Oração do Papa:
1. Reconhecer as infidelidades a Deus, o exemplo que deveria dar como cristão, para, com humildade, me dispor ao perdão e reconhecer a falta que tenho da ternura de Deus;
2. Acolher e alegrar-me com o perdão, especialmente no Sacramento da Reconciliação;
3. Criar o hábito frequente de pedir perdão e perdoar, para ser mais imagem da misericórdia de Deus Pai, em especial com as pessoas com quem estou mais ferido;
4. Misericordiar, ou seja, diante de quem peca e sofre cada atitude, palavra, gesto seja de cura, ajuda, perdão e de proximidade.
Na página dedicada ao Vídeo do Papa, no tema deste mês, encontramos alguns subsídios práticos para aprofundar a compreensão sobre o sacramento e também sobre o modo de o celebrar e viver com eficácia.
A 14 de fevereiro, durante a reflexão que precede a oração do Angelus, Francisco pediu uma salva de palmas para todos os confessores que sabem transmitir a misericórdia divina: são os que, com ternura e compaixão, «não andam com o chicote na mão, mas estão prontos para receber, ouvir e dizer que Deus é bom, que Deus perdoa sempre, que Deus não se cansa de perdoar».