Deus tem preferências?
9 de Março de 2021A misericórdia
12 de Março de 2021QUARTO DOMINGO DE QUARESMA, ANO B
A caminhada rumo à Páscoa ilustra os nossos desvios e a consequência do pecado. «Apegue-se-me a língua ao paladar, se não me lembrar de ti».
Apesar das múltiplas infidelidades, «desprezavam as suas palavras», Deus, «rico em misericórdia», dá a conhecer a «abundante riqueza da sua graça e da sua bondade para connosco». Misericórdia é outro nome para dizer a Aliança. Deus não julga, não condena; é o ser humano quem se condena, quando volta as costas à luz.
A Nova e Eterna Aliança demonstra que «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna». A salvação e a vida são uma escolha. «Quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho». E Deus estará connosco.
Santa Teresa de Jesus dizia que quando há tempos ‘difíceis’, são necessários «amigos fortes de Deus».
Como pessoas e como comunidades, reconhecemos que estas circunstâncias, que estamos a atravessar, são bem difíceis e dolorosas. Sentimo-nos ‘exilados’. Fomos arrancados do nosso bem-estar, enfraquecidos nas nossas supostas seguranças.
Este episódio propõe quatro exercícios de conversão, bem apropriados para este tempo quaresmal: reconhecer as fragilidades; saborear a beleza da palavra de Deus; abrir-nos à misericórdia divina; viver mergulhados na alegria do amor. Experimenta-os. Verás como te tornas um desses «amigos fortes de Deus». Sem lamentações. Cheio de entusiasmo.