Descobrir que somos amados
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Íntimo como uma celebração familiar, este dia «será para vós uma data memorável». É o início do Mistério Pascal. Fazer memória dos atos salvadores do Deus da Aliança é torná-los presente e orientá-los para Jesus Cristo, que lhes dá pleno cumprimento: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue [...]. Fazei-o em memória de mim».
Como o Mestre e Senhor, que o nosso rosto irradie amor e serviço; que o nosso coração aprofunde o duplo mandamento do ‘fazer’ que institui o sacramento da caridade: «Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».
Pelo poder de Jesus Cristo, a Igreja, fazendo assim, congrega a humanidade; e, no coração das nossas assembleias, elevamos «o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor».
O Mestre e Senhor, para surpresa dos discípulos e sob o protesto de Pedro, assume o papel de escravo. O gesto mostra quem está disposto a amar até ao fim, confirma a preferência pelas ‘aulas’ práticas.
A autoridade do Senhor é vivida como serviço; e o ensino é feito através do exemplo do Mestre. «Quando Jesus, Mestre e Senhor, desempenha um trabalho de escravo, diz algo, até então, inédito: Deus acontece onde o homem, em humildade e amor, se inclina sobre o outro» (Tomas Halík). Por isso, a liturgia faz-se acompanhar do refrão: «Onde há caridade verdadeira, aí habita Deus».
Ao nosso redor, as pessoas desejam o poder, para dele tirar proveito. Não há de ser assim entre nós! O Mestre e Senhor quer sobretudo transformar a nossa vida com o poder do amor.