
O ‘terceiro’ elemento
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O cheiro das ovelhas
30 de Junho de 2020LITURGIA FAMILIAR
Nesta ‘série’, propusemos (re)começar a relação de amizade com Deus. O ponto de referência não está do nosso lado, mas do lado do próprio Deus, que nos mostra, em si mesmo, a dinâmica do amor como doação gratuita e incondicional.
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Com o verão em força, apetece-nos ainda mais sair de casa, beber um copo de água fresca, mergulhar nos rios ou nas ondas do mar. Mas Jesus Cristo continua a bater à porta da nossa ‘casa’. Ele quer entrar e ficar connosco. Ele quer-nos escutar. Ele quer-nos falar. Ele quer partilhar a nossa mesa. Ele quer oferecer-se como alimento que sacia a nossa sede. Quando nós o deixamos entrar, toma parte da nossa vida, e cresce também a amizade e a alegria do amor em família. Este é o nosso momento de oração e de partilha da vida. Unam-nos uns aos outros: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.PEDIMOS PERDÃO
Comecemos por arrumar a nossa ‘casa’, limpar o nosso interior, para dispor o nosso coração a acolher a presença do Senhor. Invoquemos a sua misericórdia.
> Jesus Cristo, acolhes-nos por amor e dás-nos uma vida nova desde o nosso Batismo. Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
> Jesus Cristo, chamas-nos a morrer para o pecado e a viver para Deus: Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
> Jesus Cristo, desafias-nos a acolher-te em cada irmão e irmã. Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus [capítulo 10, versículos 37 a 42]
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim. Quem encontrar a sua vida há de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la. Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou. Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: Não perderá a sua recompensa».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Aprendemos, nesta série, que os discípulos se tornaram testemunhas, porque viveram uma história de amizade com o Mestre. Uma amizade que transformou radicalmente as suas vidas. Pensemos no nosso melhor amigo ou a pessoa que mais amamos: O que seríamos capaz de fazer por ele/a? Faríamos o mesmo por Jesus Cristo?
O evangelho, quando fala de amar a Jesus Cristo mais do que ao pai ou à mãe ou aos filhos, não está a contrapor, no sentido de que seja necessário eleger um e recusar os outros. O que nos indica, por exemplo, é que ser cristão não baseia numa segurança familiar, numa tradição que recebida de forma passiva, que pouco ou nada impacta a nossa vida. Deus quer habitar a nossa casa, fazer do quarto lugar de oração, fazer da mesa da refeição lugar de bênção, de partilha da vida.
O evangelho dá-nos outra chave para a reflexão sobre a amizade. Naquele tempo, um enviado deveria ser tratado como se fosse a própria pessoa que o envia: «Quem vos recebe, a mim recebe».
Quem acolhe os discípulos acolhe o próprio Jesus Cristo que, ao mesmo tempo, é o enviado do Pai. Somos capazes de ver em cada cristão (cada pessoa) o rosto de Jesus Cristo? Estamos a acolher os outros como se fosse o próprio Deus a surgir no caminho da nossa vida?
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Ao Senhor, nosso Deus, que sempre nos cumula de dons e nos enche da Sua Vida, nós confiamos, por meio de Seu Filho, as preces da Igreja e do mundo: Concede-nos a tua graça!
> Pela Igreja: para que seja uma mãe de coração aberto, onde há lugar para todos com a sua vida fatigante, nós te pedimos: Concede-nos a tua graça!
> Pelos que governam: para que combatam os efeitos desta pandemia, com políticas justas, atentas aos mais frágeis e desprotegidos, de modo que ninguém fique para trás, nós te pedimos: Concede-nos a tua graça!
> Pelas nossas famílias: para que se tornem lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas, nós te pedimos: Concede-nos a tua graça!
> Pelos cristãos e por cada um de nós, batizados em Jesus Cristo: para que vivamos todos como verdadeira família cristã, todos como filhos de Deus e todos como irmãos, acolhendo-nos uns aos outros, nós te pedimos: Concede-nos a tua graça!
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: Concede-nos a tua graça!
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor e para sempre proclamarei a sua fidelidade. Feliz do povo que sabe aclamar-te e caminha, Senhor, à luz do teu rosto. Todos os dias aclamemos o teu nome. Unidos a Jesus Cristo pela vida nova recebida no Batismo, rezemos ao Pai, como ele nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso...
COMPROMISSO
Não desperdicemos a graça da redescoberta da família, como ‘igreja doméstica’, pondo Jesus Cristo cada vez mais no centro da vida. Esta semana, podemos exercitar o diálogo conjugal e familiar, para a escuta recíproca, a fim de que Deus possa acender uma luz, nas tantas fendas e escuridões da nossa vida. Quanto mais o amor de Deus estiver no centro da vida e da família, mais o amor familiar crescerá entre todos.
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!