O início
18 de Junho de 2021Das sombras à esperança
22 de Junho de 2021LITURGIA FAMILIAR
Vento, mar, tempestade, fenómenos meteorológicos que tudo destroem… Os Apóstolos ficam indignados perante a tranquilidade do Mestre. Mas Jesus Cristo interpela-os: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: A imagem é sugestiva: Jesus Cristo permanece no comando da nossa barca, da nossa vida, ainda que muitas vezes nem nos apercebamos da serenidade da sua condução! Não é a nossa agitação que conta. É o seu sono tranquilo. Por isso, escreveu, com notável beleza São João da Cruz: «Se me colhe a tempestade, e Jesus vai a dormir na minha barca, nada temo porque a Paz está comigo». É neste clima poético de silêncio e espanto, que nos abeiramos do mistério humilde da presença escondida de Deus, que de novo nos desafia a confiar na sua presença.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
Porque no meio das crises, desfalecemos, ancorados nos nossos limites: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
Porque nas tempestades desconfiamos da tua presença e gritamos desesperados contra ti: Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
Porque vivemos por nós próprios e para nós próprios, por nossa conta e risco: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Marcos [capítulo 4, versículos 35 a 41]
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações. Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada. Eles acordaram-n’O e disseram: «Mestre, não Te importas que pereçamos?». Jesus levantou-Se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar: «Cala-te e está quieto». O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?». Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
O evangelho deste domingo confronta-nos com a fé (confiança) em Jesus Cristo, em especial quando as circunstâncias são adversas. Fica claro o contraste entre o Mestre e os discípulos. Talvez para mostrar que a confiança (de Jesus Cristo) permite viver as circunstâncias hostis com uma harmonia interior que está ausente naqueles (os discípulos) que carecem da dita confiança.
Todos nós, em determinados momentos, experimentamos o desânimo e medo, o susto e o desespero. Há experiências tão ‘duras’ que até parece que Deus está a dormir, desinteressado de nós. Sentimos o abandono e a solidão, a noite escura e a tempestade turbulenta, muito idêntico ao acontecido naquele lago da Galileia.
Inauguramos, com este episódio, uma ‘série’ sobre a fé, em perspetiva existencial, tal como nos relatos do evangelho segundo Marcos. Na verdade, a temática da fé é um dos grandes questionamentos deste livro: Confiamos em Jesus Cristo?
A experiência vital da fé não é uma linha reta, muito menos o ponto final. Faz-se de curvas e contracurvas, avanços e retrocessos, dúvidas e incertezas, equilíbrio e desequilíbrios, perguntas e respostas incompletas. Os opostos não se anulam, antes convivem juntos. A fé só pode vir a ser harmonia interior, confiança plena apesar de tudo, como resultado de um processo no tempo, não ponto de partida da nossa história!
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
O Senhor não nos deixa à mercê da tempestade. E nós, juntamente com Pedro, confiamos-lhe as preocupações, dizendo: Acolhe a nossa súplica!
Pela Igreja, a barca de Jesus Cristo: conte com a força e alegria dos mais novos para remar sem desfalecer e não lhe falte a sabedoria dos mais velhos para a guiar no rumo certo, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa súplica!
Pelos que governam: procurem novos caminhos para responder de forma criativa à crise pandémica, de modo a garantir a todos o pão de cada dia, uma terra, um teto e um trabalho, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa súplica!
Pelos que mais sofrem: sejam animados pela esperança do amor sempre vencedor, para transformar os obstáculos em caminhos e os caminhos em novas oportunidades, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa súplica!
Pela nossa família: graças a um novo suplemento de ânimo, desconfinemos o nosso coração, para nos tornarmos melhores, capazes de consolar, de cuidar e de reconstruir, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa súplica!
[acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa súplica!
Fiéis aos ensinamentos de Jesus Cristo, rezamos: [TODOS:] Pai nosso
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Convidemos Jesus Cristo a subir para o barco da nossa vida. Confiemos-lhe os nossos medos. Temos uma âncora: na cruz de Jesus Cristo, fomos salvos. Nada e ninguém nos separe do seu amor. Nas tempestades da vida lancemos a âncora da esperança, que está presa aos Céus!
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Senhor, o teu amor move-nos e comove-nos, ao pensarmos que te entregaste, morreste e ressuscitaste por todos nós. Que a memória viva da tua Páscoa, que celebramos em cada domingo e a força do alimento que vamos tomar nos ajudem a viver, não já para nós próprios, mas para ti e em favor de todos. Ámen.